O ex-senador e ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirma que o próximo passo após a sanção da lei para a exploração de energia elétrica em alto-mar (offshore) é escolher o órgão regulador que será responsável pela regulamentação do setor. Ele propõe a criação de uma Agência Nacional de Energia (ANE) que seja capaz de lidar com os desafios da transição energética. Para Prates, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) é a candidata natural para o início do processo, que são as outorgas de áreas marítimas na costa brasileira. Depois, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entraria em cena. A tendência, nos próximos cinco a seis anos, é de que as duas agências se unam em uma única, com departamentos internos separados. Prates está convencido de que o Brasil será o local mais barato, competitivo e convidativo para geração de energia offshore nos próximos anos, mas avalia que nem metade dos mais de 90 projetos que estão aguardando licença ambiental do Ibama devem sair do papel. Ele defende que a Margem Equatorial brasileira não deve ser olhada apenas para a exploração de petróleo, mas que tenha o contraponto de geração de energia renovável, o que pode ser feito no offshore da região. Projetos de energia das marés e solar também terão vez, segundo Prates. Ele lidera um projeto para comparar os custos estimados de energia para a operação offshore na Margem Equatorial do Brasil com o Mar do Norte e costa leste americana. O estudo deve levar um ano para ser concluído. (Broadcast Energia – 27.01.2025)