A Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), responsável por Itaipu Binacional desde a privatização da Eletrobras, solicitou mais tempo para encontrar uma solução para o impasse envolvendo a manutenção da tarifa de repasse de potência da hidrelétrica. O pedido de extensão será discutido na próxima reunião da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), marcada para a próxima terça-feira, 04. Em dezembro de 2024, a Aneel homologou a tarifa provisoriamente para este ano, até 31 de março, devido à necessidade de mais recursos para fazer cumprir os US$ 17,66 por quilowatt-hora (kWh) combinados para 2025 pelo governo brasileiro junto aos paraguaios. A ENBPar estimou que o saldo da Conta de Comercialização de Itaipu ficaria negativo em R$ 332,6 milhões em 2024. A Aneel concedeu um prazo de 45 dias para que o Ministério de Minas e Energia (MME) e a ENBPar avaliassem medidas para o cumprimento das diretrizes acordadas de modo a viabilizar a manutenção da tarifa ‘sem ônus adicional ao consumidor brasileiro’. A tarifa de repasse é o valor a ser pago pelas distribuidoras cotistas para aquisição da energia da hidrelétrica. Caso a insuficiência de recursos se confirme, a Aneel poderá estabelecer imediatamente novas tarifas de repasse, conforme o Decreto nº 11.027/2022. Para evitar ajustes tarifários extraordinários, foram sugeridas alternativas, como o aumento no aporte financeiro aprovado por Itaipu e a alteração do Decreto nº 11.027/2022 para a criação de uma conta de reserva. A ENBPar busca soluções para viabilizar a manutenção da tarifa e evitar impactos nos consumidores brasileiros. (Broadcast Energia – 02.02.2025)