Em 2025, a consultoria Thymos Energia estima que os contratos de autoprodução de energia movimentarão cerca de 1 GWm no Brasil, impulsionados pela busca de empresas por alternativas que reduzam custos e aumentem a competitividade. Nesse modelo, grandes consumidores se tornam sócios ou arrendatários de usinas de geração, evitando encargos do mercado regulado. A projeção considera a crescente adesão de consumidores eletrointensivos e de datacenters, bem como a participação de consumidores de menor porte, até 10 MWm. A modalidade de autoprodução por arrendamento tem ganhado destaque, permitindo a consumidores com menor demanda participar do modelo. A Thymos destaca que o setor passa por uma “janela de oportunidade”, mas alerta para possíveis mudanças na regulação que podem retirar subsídios à autoprodução. Empresas geradoras de energia, principalmente renováveis, têm sido parceiras nesses contratos, impulsionando a expansão dessas fontes. No entanto, o cenário econômico desafiador, com juros altos e câmbio desvalorizado, tem dificultado a viabilização de novos projetos. A incerteza em relação aos cortes de geração por razões sistêmicas também impacta o setor. A Thymos ressalta a importância de aproveitar a atual oportunidade para migrar para a autoprodução, diante das possíveis mudanças no cenário regulatório. (Broadcast Energia – 16.03.2025)