O setor elétrico brasileiro enfrenta a necessidade de atualizar seu marco regulatório, que data de 2004, para se adaptar às mudanças no mercado e à matriz energética atual, dominada por fontes renováveis como solar e eólica. O modelo em vigor, que foi criado em uma época em que a geração era majoritariamente hidrelétrica e térmica, não acompanha o crescimento da geração distribuída e a integração das fontes renováveis, que agora representam 30% da matriz elétrica. A falta de sincronização entre a geração renovável e a infraestrutura de transmissão, que leva mais tempo para ser implementada, pressiona o planejamento e a flexibilidade do sistema. A transição para um novo modelo regulatório enfrenta resistências políticas e a necessidade de lidar com contratos antigos, mas é fundamental para garantir a eficiência e a sustentabilidade do setor no futuro, incluindo uma possível abertura total do mercado e a adaptação ao novo cenário climático. (Valor Econômico – 31.03.2025)