De encontrar a agulha no palheiro à elaboração de um relatório com mais de 600 páginas sobre a apuração das falhas que levaram ao apagão de 15 de agosto de 2023, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) ainda esbarra no saneamento dos dados e modelos das usinas eólicas e solares para ampliar a área de segurança do SIN (Sistema Interligado Nacional) e reduzir os cortes de geração. Problemas nos modelos dessas usinas estão entre os dados errados que levaram ao evento, que deixou quase o país todo no escuro, e demorou semanas para ter a causa elucidada. Até entender o evento, o ONS aumentou a cautela na operação do sistema, reduzindo a capacidade de intercâmbio entre submercados exportadores, nas regiões Norte e Nordeste, e importadores, no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A consequência direta foi um aumento expressivo do curtailment, redução forçada da geração de energia. (Folha de São Paulo – 15.04.2025)