A nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento, chamado de “Novo PAC”, cita iniciativas de investimento, com recursos públicos, que marcaram as gestões anteriores do PT, tais como a retomada do programa “Luz Para Todos” e das obras da usina nuclear Angra 3, localizada em Angra dos Reis (RJ). Os dois projetos integram o eixo de investimento de Transição e Segurança Energética, sob a responsabilidade do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A usina Angra 3 entrará no Novo PAC com reestruturação do estudo de viabilidade técnica, econômica e socioambiental do projeto. A retomada do projeto divide opiniões no setor, pois já consumiu um saldo bilionário de investimento, teve determinada a paralisação das obras pelo TCU por indícios de irregularidade, além de executivos presos na operação Lava-Jato, da Polícia Federal, por envolvimento com suposto esquema de corrupção com empreiteiras nacionais. A dificuldade em desistir do projeto considera o fato do descomissionamento poder consumir outra conta bilionária dos cofres públicos. O eixo Transição e Segurança Energética foi desenhado com o objetivo de fortalecer o predomínio das fontes renováveis, com menor participação de fontes de energia poluentes. Isso envolve a valorização de projetos de geração solar (fotovoltaica) e eólica. Outra prioridade é garantir a segurança energética com meios de “suprimento confiável”. Isso envolve diferentes fontes e tecnologias para evitar interrupções e impactos econômicos. A área de geração limpa e renovável prevê o investimento no conjunto de usinas eólicas que totalizam 5.308 MW e em geração em fotovoltaicas, com oferta de mais 8.569 (MW) em capacidade. Estes projetos já estariam estruturados para iniciar obras. (Valor Econômico – 11.08.2023)