Os subsídios representam 13,68% da conta de luz dos brasileiros, mais que o dobro dos 5,5% em 2018, impulsionados principalmente pela expansão da geração distribuída (GD) solar e por incentivos a usinas eólicas e solares. Em 2024, os subsídios atingiram R$ 48 bilhões, e a previsão para 2025 é de R$ 41 bilhões via a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Criada em 2002 e ampliada em 2013, a CDE passou a incorporar diversos encargos, tornando-se um mecanismo de transferência de recursos sem limites claros, gerando distorções no mercado. Especialistas criticam a manutenção de incentivos a fontes renováveis que já se tornaram competitivas e a falta de remuneração adequada às fontes controláveis, como hidrelétricas e térmicas, que compensam a intermitência das renováveis. Além disso, subsídios à GD cresceram de R$ 450 milhões em 2020 para R$ 11,6 bilhões em 2024. Apesar da matriz renovável, o Brasil ainda destina subsídios ao carvão e gás natural, ampliando o custo para os consumidores e levantando debates sobre a eficácia e o direcionamento da política de incentivos energéticos.(Valor Econômico – 30.05.2025)