O atraso na linha de transmissão Manaus-Boa Vista já custou R$ 2,6 bilhões aos consumidores brasileiros. O cálculo, feito pelo Instituto Acende Brasil a pedido do Valor, considera os subsídios embutidos na conta de luz para a geração termelétrica local desde 2015, ano em que o empreendimento, que finalmente conectará Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN), deveria ter entrado em operação. Licitado há quase 10 anos, o projeto não teve sequer as obras iniciadas devido a um impasse no licenciamento ambiental, visto que, dos 715 km da linha, 125 km atravessariam terras indígenas dos Wamiri-Atroari, correndo em paralelo à rodovia BR-174. O tema é mais sensível aos indígenas pelos impactos sofridos pela comunidade à época da construção da rodovia. (Valor Econômico – 13.04.2021)