ONS defende manter ações de combate à crise hídrica para 2022

O diretor geral do órgão, Luiz Carlos Ciocchi, disse que os climatotologistas apontam que as chuvas chegaram na hora esperada. Apesar disso, defende que as medidas de combate à escassez hídrica deverão permanecer para que a operação em 2022 seja confortável. Sobre 2021, o executivo afirmou que esse último trimestre deverá ter o abastecimento realizado sem problemas. Em sua análise só com o desenrolar da estação úmida é que se poderá considerar o desligamento de térmicas mais caras. Ciocchi disse que ainda não é possível notar o efeito dos programas de redução voluntária de demanda que o governo implementou a partir de setembro. Segundo ele, houve uma perspectiva de queda de consumo neste mês, mas que está mais associada à redução da temperatura do que em decorrência da resposta de consumidores. Diferentemente, na alta tensão é possível mensurar por conta da declaração de grandes consumidores, que somaram em setembro 400 MW e em outubro outros 700 MW. O diretor destacou que a ocorrência do La Niña não está descartada, mas lembrou que em termos de clima apenas as indicações de 15 dias à frente podem ser mais confiáveis. Acima de um mês, classificou como “guerra de modelos”, que podem ou não se confirmar. (CanalEnergia – 13.10.2021)