Uma Medida Provisória (MP) do governo federal que visa prorrogar os subsídios para energias renováveis pode resultar em um acréscimo de cerca de R$ 6 bilhões na tarifa de energia, de acordo com estimativas da Abrace, associação que representa os grandes consumidores de energia. A MP pretende estender o benefício para fontes incentivadas, como energia solar, eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), por 36 meses. A medida gerou preocupação no setor elétrico, que teme um impacto direto no consumidor de energia. Organizações como o Instituto Acende Brasil, a Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), o União pela Energia, e o ex-diretor da Aneel, Edvaldo Santana, manifestaram-se contra a MP, uma vez que 40% dos custos da energia são impostos, perdas e encargos, incluindo os subsídios. Em 2023, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial criado para financiar políticas públicas pagas pelos consumidores via tarifa de energia, custará R$ 35 bilhões aos brasileiros. (Valor Econômico – 22.11.2023)