A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) deste ano, um fundo que banca diversos subsídios e políticas públicas para o setor elétrico, com o valor de R$ 32,096 bilhões. O montante representa um aumento de 34,2%, ou R$ 8,2 bilhões, em relação ao orçamento do ano passado. O aumento é reflexo, principalmente, das maiores despesas com subsídios aos combustíveis para usinas térmicas que atendem regiões isoladas, da ampliação da tarifa social e dos maiores gastos com descontos tarifários para geradores de fontes renováveis. Embora a CDE também seja bancada por outras fontes de recursos, a principal origem de receitas para cobrir as políticas públicas bancadas por essa conta são as cotas da chamada “CDE Uso”, cobrada dos consumidores, que tiveram um aumento de R$ 10,638 bilhões, ou 54,3%. O valor total bancado pelos consumidores este ano será de R$ 30 bilhões. “São valores expressivos, que naturalmente vão refletir nas tarifas”, destacou o diretor-relator do processo, Hélvio Guerra. Segundo ele, a previsão é de um reflexo de, em média, 4% a 5% nas contas de luz dos consumidores com o aumento do orçamento. (O Estado de São Paulo – 26.04.2022)