Além do risco de racionamento de energia e apagões, o governo federal terá que lidar com a pressão nas contas de luz durante a corrida eleitoral. Cálculos preliminares da Aneel apontam que as tarifas de energia podem subir, em média, 16,68% no ano que vem, principalmente por causa da crise hídrica que o País enfrenta – a pior nos últimos 91 anos. Para evitar que as contas disparem, a agência reguladora analisa medidas para mitigar os efeitos para os consumidores e manter os reajustes inferiores a dois dígitos, a exemplo do que fez neste ano. Segundo ele, diversos fatores devem contribuir para a alta nas tarifas. Com o agravamento da crise hídrica, a Aneel estima que os valores pagos pelos consumidores por meio das bandeiras tarifárias não serão suficientes para fazer frente aos custos do uso de usinas térmicas e deverão ser repassados aos consumidores em 2022, mas com incidência de juros. A previsão é que a Conta Bandeiras deve fechar o ano com rombo de R$ 8 bilhões. (O Estado de São Paulo – 16.08.2021)