A renovação da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terá impactos significativos para o futuro do setor elétrico e para o próximo governo, seja um segundo mandato de Jair Bolsonaro ou uma nova equipe. Caberá ao colegiado regular toda a aguardada agenda de modernização do setor elétrico e a abertura do mercado livre para todos, que pode avançar a depender da aprovação de propostas que estão no Congresso. Em paralelo, os diretores terão que lidar com o aumento das tarifas, que seguirão pressionadas pelos empréstimos bilionários ao setor elétrico devido à pandemia e à crise hídrica de 2021. Além de indicar Sandoval Feitosa para a presidência da agência, o chefe do Executivo encaminhou a recondução do já diretor da agência Hélvio Neves Guerra e os nomes de Agnes da Costa, Fernando Mosna e Ricardo Lavorato Tili para apreciação do Senado. Todos deverão ser sabatinados na Comissão de Infraestrutura e aprovados pelo plenário para serem confirmados. Por conta da Lei Geral das Agências Reguladoras, de 2019, Bolsonaro pode ter sido o último a trocar inteiramente o colegiado. Os novos diretores terão prazo de mandatos diferentes para evitar que todos saiam no mesmo ano. (BroadCast Energia – 05.04.2022)