Os consumidores terão de arcar com mais de R$ 17 bilhões em subsídios na conta de luz para o ano de 2019. Este montante será destinado a programas sociais do governo no setor, e corresponde por um dos fatores de impacto na conta de energia. Os valores dos subsídios ainda podem ser alterados, mas já foram cortados em R$ 900 milhões em comparação com o orçamento deste ano. (O Globo – 13.11.2018)
IECC: nº 18 - 21 de novembro de 2018
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro
Para receber o informativo por email, clique aqui.
Índice
1 Marco Institucional
1.2 Moreira Franco: cabe à Aneel resolver o GSF
O ministro do MME, Moreira Franco, afirmou que o impasse do risco hidrológico deve ser resolvido pela Aneel, por se tratar de um problema regulatório. Para Moreira, a ação das agências reguladoras é essencial no desenvolvimento do ambiente de negócios e deve ser preservado, de forma a garantir transparência e segurança nas operações. (Brasil Energia – 12.11.2018)
1.3 Crise econômica evitou maior apagão da história, diz Moreira Franco
O ministro do MME, Moreira Franco, afirmou nesta segunda-feira (12/11), que caso a crise brasileira não tivesse ocorrido nos anos de 2015 e 2016, o país teria experienciado outra crise energética, devido a incapacidade de atender a uma demanda crescente a taxas de ao menos 2,5% ao ano. Para o ministro, a forma de governança do setor elétrico não pode ser baseada apenas na participação estatal. (Valor Econômico – 12.11.2018)
2 Regulação
2.1 Aneel deve lançar aplicativo para consumidores e destacar seu programa de P&D
A Aneel pretende lançar ainda neste mês um aplicativo de telefones que mostra ao consumidor detalhes da conta de energia, além de um espaço para comunicação de problemas na rede e outros assuntos, visando resolver problemas que só poderiam ter solucionados em agências de atendimento. Em adição ao seu aplicativo, a agência também quer disponibilizar em seu site, detalhes de aplicação de seus recursos de P&D. (Brasil Energia – 09.11.2018)
2.2 EPE trabalha para incentivar a expansão de hidrelétricas menores via incentivos regulatórios
A EPE trabalha em conjunto com um grupo de companhias do setor elétrico para realizar estudos de viabilidade técnica e econômica de projetos hidrelétricos de médio porte, com capacidade instalada entre 50 e 1.000 MW. A ideia é criar incentivos regulatórios e financeiros para o estudo dos projetos, sua inclusão no PDE e consequente promoção de leilões. (Valor Econômico – 13.11.2018)
3 Empresas
3.1 Privatização da Eletrobras será decidida no próximo governo
Entre as empresas que constavam no programa de privatização do governo Michel Temer, a venda da Eletrobras sequer saiu do papel durante este período. Devido à falta de apoio político, o modelo de privatização está parado na Câmara desde maio. Neste período, nem os estudos para desestatização, nem o projeto de lei que viabiliza o certame avançaram. Assim, cabe ao próximo governo decidir se a estatal será vendida ou não. (O Globo – 12.11.2018)
3.2 Minutas de MPs tratam das distribuidoras da Eletrobras
O Valor teve acesso a duas minutas de MPs que tratam do assunto das distribuidoras da Eletrobras. Uma das MPs delega à Aneel a responsabilidade pela contratação de um prestador emergencial do serviço de distribuição de energia elétrica para substituir a Eletrobras, responsável pela operação da Amazonas Distribuidora desde julho de 2016. A outra minuta de MP diz que as distribuidoras da Eletrobras ainda não privatizadas farão jus ao recebimento de até R$ 3 bilhões da RGR. (Valor Econômico – 14.11.2018)
4 Leilões
4.1 Governo prorroga consulta e leilão regional de térmica fica para 2019
Devido à falta de consenso dentro do setor elétrico, a decisão de realizar leilões regionais de energia térmica ficará para o governo Jair Bolsonaro. De acordo com a EPE, o cronograma não permite a realização da oferta neste ano. Ainda em fase de consulta pública, existem outras etapas a serem realizadas antes da estipulação do leilão, caso essa nova modalidade seja aceita. (Folha de São Paulo – 12.11.2018)
5 Oferta e Demanda de Energia Elétrica
5.1 ONS eleva previsão de chuvas em hidrelétricas do Sudeste e Nordeste em novembro
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) elevou sua previsão para chuvas nas hidrelétricas do Sudeste em novembro para 116 por cento da média histórica, ante 103 por cento estimados na semana passada. Para o Nordeste, o ONS também aumentou a projeção de chuvas, para 70 por cento da média história, de 59 por cento anteriormente. O Operador também cortou a previsão de aumento de carga no sistema elétrico nacional em novembro, para 1,4% na comparação anual. (Reuters – 09.11.2018)
6 Inovação
6.1 EPE: Híbridos, plug-ins e elétricos continuarão sem relevância no Brasil até 2030
A participação de veículos híbridos plug in e elétricos no mercado brasileiro deve continuar sem relevância até 2030. É o que diz a EPE sobre a demanda de veículos leves no Brasil. No caso de modelos híbridos não plug in, a expectativa é que esses modelos alcancem 4,2% dos licenciamentos em 12 anos. O lento desempenho se deve às dificuldades de viabilidade técnico-econômica e o grau de incentivos governamentais. (Brasil Energia – 12.11.2018)
6.2 Aneel avalia na região Sul infraestrutura de recarga de veículos elétricos
A Aneel participou de uma viagem de 423 km para avaliar a infraestrutura e a experiência de recarga de veículos no chamado Corredor Elétrico Sul, entre Curitiba (PR) e Florianópolis (SC). A jornada, finalizada na última sexta-feira (9/11), buscou verificar os resultados da Resolução normativa 819/2018, que estabelece os procedimentos e as condições para a realização de atividades de recarga de veículos elétricos, bem como a evolução do mercado, as oportunidades de melhoria e a performance dos equipamentos. (Aneel – 12.11.2018)
7 Biblioteca Virtual
7.1 Artigo GESEL: “A Economia Comportamental e o Setor Elétrico”
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Nivalde de Castro (Coordenador geral do GESEL), Rubens Rosental (Coordenador de temas especiais/estratégicos do GESEL), Carlos Oliveira (Pesquisador do GESEL) e Gustavo Sales (Superintendente Adjunto da Aneel), abordam a chamada economia comportamental para explicar a relação do ser humano com o setor elétrico. Eles concluem que, “no contexto de mudanças e transformações disruptivas que estão e vão impactar ainda mais o Setor Elétrico Brasileiro, o uso dos conceitos e instrumentos da economia comportamental pode criar oportunidades para se ampliar o espectro de incentivos para que os consumidores busquem maiores benefícios nas suas escolhas, notadamente no novo paradigma do empoderamento do consumidores”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 13.11.2018)
7.2 Artigo GESEL: “Novos Negócios no Setor Elétrico”
Em artigo publicado pelo serviço de notícias Broadcast, da Agência O Estado de São Paulo, Nivalde de Castro, coordenador geral do GESEL e Roberto Brandão, Coordenador da área de Geração e Mercados do GESEL, afirmam que o Setor Elétrico “passa por uma revolução tecnológica de curso acelerado, quebrando paradigmas consolidados, impondo grandes desafios e abrindo novas oportunidades de negócio”. A mudança, segundo eles, pode ser sintetizada por três D’s: Descarbonização, Digitalização e Descentralização. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 14.11.2018)
7.3 Artigo GESEL: “Financial distress in electricity distributors from the perspective of Brazilian regulation”
Os pesquisadores do GESEL Adriano Rodrigues e Rodrigo Scalzer tiveram seu artigo, “Financial distress in electricity distributors from the perspective of Brazilian regulation”, recentemente publicado na Energy Policy (Volume 125, February 2019), um conceituado Journal da Elsevier. O artigo, que investiga quais indicadores financeiros podem prever dificuldades financeiras nas distribuidoras de energia elétrica brasileiras, em relação às metas estabelecidas pela Aneel, é uma síntese da tese de doutorado de Rodrigo Scalzer, que foi realizada no âmbito do P&D da ANEEL “Índice de Sustentabilidade Econômico-Financeira das Distribuidoras de Energia Elétrica”, desenvolvido pelo GESEL com apoio da CPFL. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 14.11.2018)
7.4 Artigo de Helena Borges e Ana Paula Blower: “Hidrelétricas se tornam insustentáveis, dependendo de onde forem construídas”
Em artigo publicado no jornal O Globo, as jornalistas Helena Borges e Ana Paula Blower, comentam a partir de dois estudos publicados no exterior, sobre uma possível insustentabilidade do modelo de geração via hidrelétricas. Elas concluem que, apesar dos estudos, países em desenvolvimento seguem o contrafluxo dos desenvolvidos: “entre 1920 e 1970, as barragens tiveram um boom na América do Norte e na Europa. Atualmente, no entanto, há mais barragens sendo removidas nestes continentes do que sendo construídas. Isto ocorre por conta do impacto socioambiental negativo que causam”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.(GESEL-IE-UFRJ – 14.11.2018)
7.5 Artigo de Regis Nieto: “A Indústria automotiva vai se transformar?”
Em artigo publicado no jornal Valor Econômico, Regis Nieto, sócio do Boston Consulting Group (BCG), trata da volatilidade e dos tecnológicos da indústria automotiva, com destaque na proliferação dos veículos elétrico. Segundo o autor, “hoje, apenas 5% dos carros têm algum nível de eletrificação, cenário que mudará drasticamente até 2030, quando 50% dos veículos produzidos deverão ser híbridos ou elétricos”. Ele conclui que devido as transformações, tanto tecnológicas quanto urbanas, “é bastante provável que o carro do futuro desencadeie uma lógica de uso colaborativa, com veículos compartilhados”, permitindo menores custos e impactos ambientais. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 13.11.2018)
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Pesquisadores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Rubens Rosental.
Assistentes de pesquisa: Sérgio Silva.
As notícias divulgadas no IECC não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa vinculada ao GESEL do Instituto de Economia da UFRJ.
Para contato: iecc@gesel.ie.ufrj.br