IECC: nº 27 - 12 de fevereiro de 2019

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

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Índice

1 Marco Institucional

1.1 CMSE opta por ainda não acionar térmicas

O CMSE afirmou que as condições meteorológicas do período úmido garantem a manutenção do nível dos reservatórios, e consequentemente o suprimento de energia do país. Embora os volumes de chuvas estejam abaixo da média histórica para o período, o comitê decidiu não acionar usinas termelétricas, adiando a decisão para as próximas reuniões. (Brasil Energia – 06.02.2019)

1.2 MP quer suspensão da participação de três consultores do setor privado no CNPE

O Ministério Público busca, junto ao Tribunal de Contas da União, a suspensão da participação de três consultores nas reuniões do Conselho Nacional de Política Energética – CNPE. Os órgãos apontam para o conflito de interesses nas nomeações dos consultores Adriano Pires, Plínio Nastari e Carlos Otávio de Vasconcellos Quintella que possuem atividades dentro do setor de energia incompatíveis com a presença neste conselho. (O Estado de São Paulo – 08.02.2018)

1.3 EPE: Thiago Barral é confirmado como novo presidente

O engenheiro civil Thiago Barral foi nomeado o novo presidente da EPE, confirmando as expectativas do mercado. Ele substitui Reive Barros, que atualmente ocupa a secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME. Thiago é o quarto presidente da empresa, sendo o primeiro a ter ingressado por concurso público, ao assumir o papel de analista de pesquisa energética em 2007. (Valor Econômico – 05.02.2019)

2 Regulação

2.1 Aneel: Período úmido ainda não acabou e justifica manutenção de bandeira verde

O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, defendeu a decisão da autarquia de manter a bandeira verde, sem custo adicional para o consumidor, no mês de fevereiro, apesar das baixas chuvas e o aumento do custo de energia no período. Para Pepitone, o período úmido ainda não está finalizado, com possibilidade de chuvas capazes de restabelecer o nível dos reservatórios, adiando para o futuro a decisão de acionar usinas termelétricas, e modificar o valor da bandeira para o próximo mês. (Agência CanalEnergia – 05.02.2019)

3 Empresas

3.1 Vega: Comercializadora não honrou R$ 200 mi em contratos após alta de preço

Com o aumento dos preços de energia no mercado de curto prazo, a comercializadora Vega teve seus negócios afetados, deixando de pagar R$200 milhões em contratos de venda de energia. Em razão da inadimplência da empresa, a sua autonomia para registro de novos contratos de compra e venda de energia foi suspensa pela CCEE. A Câmara também estabeleceu que os novos contratos da Vega só serão realizados apenas por contingência, desde que não causem o aumento da exposição financeira do agente no mercado.

(Valor Econômico - 01.02.2019)

3.2 Boven: Ainda não é possível calcular o prejuízo indireto no caso Vega

O prejuízo causado pela Vega Energy terá impactos na liquidez do mercado livre de energia, especialmente no curto prazo. A Boven, empresa mais prejudicada pelas dívidas da Vega, por ter negociado contratos de compra de energia para o ano de 2019, afirma que é difícil de calcular os prejuízos pela paralisação comercial do mercado, mas prevê uma redução do volume de negócios em 70%. (Agência CanalEnergia – 07.02.2019)

3.3 Abraceel: Vega é desligada de associação após calote de R$ 200 mi

Responsável por uma dívida de R$200 milhões em contratos de venda de energia sem lastro, especialmente para comercializadoras do mercado livre de energia, a Veja Energy foi desligada da Abraceel, de acordo com a entidade.

(Valor Econômico – 05.02.2019)

4 Oferta e Demanda de Energia Elétrica

4.1 Consumo de energia tem alta de 6,5% em janeiro

O consumo de energia elétrica teve um aumento de 6,5% no mês de janeiro, em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com medições da CCEE, o consumo de energia no SIN acumulou 67.705 MW médios, com uma diferença positiva de 4.116 MW médios. O aumento do consumo no ambiente regulado, o ACR, foi de 7,3% considerando a saída de consumidores para o mercado livre de energia.

(Valor Econômico - 06.02.2019)

4.2 Expansão de oferta: 239,7 MW em capacidade instalada nova em janeiro

De acordo com dados da Aneel, que acompanha a expansão da geração de energia no país, houve um acúmulo de 239,7 MW em capacidade instalada para o mês de janeiro. A energia eólica representa maior parte deste número com 133,7 MW adicionados, seguida pela fonte solar com 103 MW positivos, com PCH fornecendo os 3 MW restantes. A Aneel estipulou uma expectativa de crescimento da matriz elétrica de 4.664,82 MW para o ano de 2019.

(Agência CanalEnergia – 05.02.2019)

4.3 ONS eleva previsão de carga de energia e reduz previsão de chuvas

De acordo com projeções do ONS, a carga de energia elétrica para fevereiro deverá alcançar 74.028 MW médios, um aumento de 8,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os sucessivos recordes de carga em janeiro foram responsáveis por reajustar o aumento de carga de 7% para 8%. As expectativas para chuva também foram reajustadas pelo órgão, que prevê chuvas em 63% da média histórica para a região Sudeste, ante aos 71% estipulados em previsão anterior.

(Reuters - 01.02.2019)

5 Biblioteca Virtual

5.1 Artigo GESEL: “O Financiamento do Setor Elétrico Brasileiro: o papel do BNDES e as novas tendências”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Nivalde de Castro (coordenador geral do GESEL), André Alves e Carlos Oliveira (pesquisadores do GESEL) abordam o papel do BNDES no financiamento do Setor Elétrico. Segundo os autores, “a combinação de um modelo regulatório consistente com os mecanismos de financiamento de longo prazo mostrou-se extremamente bem-sucedida sob a ótica da expansão da capacidade instalada do Setor Elétrico, a qual atingiu a marca de 161.552 MW em dezembro de 2018 . Contudo, é importante observar que o financiamento estatal nem sempre é suficiente para suprir todos os recursos necessários para a expansão da infraestrutura”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

(GESEL-IE-UFRJ – 05.02.2019)

5.2 Artigo de Ronaldo Koloszuk e Rodrigo Sauaia (Absolar): “Geração distribuída: liberdade e empoderamento à sociedade”

Artigo de Ronaldo Koloszuk e Rodrigo Sauaia (Absolar): “Geração distribuída: liberdade e empoderamento à sociedade” Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Ronaldo Koloszuk e Rodrigo Sauaia, ambos da Absolar, abordam o tema da função empoderadora da geração distribuída. Segundo os autores “a partir de 2012, houve uma histórica mudança (...) traduzida em uma visão inovadora da Aneel. Trata-se da a Resolução Normativa 482, que deu origem a uma verdadeira revolução em prol da liberdade, da proatividade e do poder de escolha dos cidadãos”. Eles concluem que “tudo indica que o Brasil acaba de entrar em um novo período de prosperidade, com um novo ciclo de crescimento econômico. A segurança energética é ponto crucial para sustentar tal avanço”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

(GESEL-IE-UFRJ – 04.02.2019)

5.3 Artigo de Danilo Barbosa (Way2 Technology): “Gestão de Energia fica mais sofisticada e acessível com IoT, IA e XaaS”

Em artigo intitulado, “Gestão de Energia fica mais sofisticada e acessível com IoT, IA e XaaS”, Danilo Barbosa, Diretor Comercial e de Marketing da Way2 Technology, comenta as novas opções de economia que tem se multiplicado no setor elétrico, possibilitando gestões mais sofisticadas. Segundo Danilo, “novas tecnologias, modelos de negócio e regulação tem papel fundamental na viabilização desta tendência”. Danilo conclui que, “novas tecnologias de Internet das Coisas, Inteligência Artificial e modelos de negócio inovadores, viabilizados por uma regulação antenada e progressista, estão fazendo a gestão de energia se tornar uma das alavancas de competitividade para os negócios no Brasil. Muitos passos já foram dados, mas há ainda muito a ser feito”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

(GESEL-IE-UFRJ – 06.02.2019)

5.4 Entrevista com Adalberto Santos de Vasconcelos (Secretário especial de PPI): “Para ‘desencantar’ obras inacabadas”

Em entrevista ao Valor Econômico, Adalberto Santos de Vasconcelos, Secretário Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), trata do desafio do novo governo em dar prosseguimento às obras inacabadas de infraestrutura. Segundo ele, das mais de 13 mil obras inacabadas sob o patrocínio do governo federal em todo o país, o “conselho vai selecionar no máximo oito com potencial para entrar na carteira do PPI”. Ele conclui que “o investimento em infraestrutura no Brasil é baixíssimo - gira em torno de 1,4% a 1,6% do PIB - e insuficiente para manter o estoque existente”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

(GESEL-IE-UFRJ – 04.02.2019)

5.5 Maurício Godoi. “Entrevista com Simone Tripepi, da Enel X: mobilidade elétrica é tendência global”

O executivo chefe da Enel X, subsidiária global voltada à prestação de serviços integrados da italiana Enel, na América do Sul, Simone Tripepi, em entrevista à Agência CanalEnergia, comentou sobre o caminho da mobilidade elétrica na América do Sul. A visão de Simone sobre o cenário é que existe um crescimento sem volta e vem expansão bem acima do que era esperado. A empresa deverá abrir seu escritório no estado de São Paulo até o final deste trimestre e participar ativamente da expansão do transporte urbano elétrico em SP. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

(GESEL-IE-UFRJ – 05.02.2019)

Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Pesquisadores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Rubens Rosental.
Assistentes de pesquisa: Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IECC não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa vinculada ao GESEL do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: iecc@gesel.ie.ufrj.br