IECC: nº 111 - 11 de novembro de 2020

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

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Índice

1 Marco Institucional

1.1 MP 998 ganha sobrevida

A Medida Provisória 998/2020, que entre outras iniciativas, estabeleceu medidas emergenciais para amenizar eventuais impactos de medidas contra a pandemia de Covid-19 sobre a conta de luz, teve vigência prorrogada por 60 dias, de acordo com decisão publicada no Diário Oficial da União do dia 03/11. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Brasil Energia 0 03.11.2020)

1.2 CCEE: fator GSF em 2020 deve ficar em 82%

A expectativa do GSF para o ano de 2020 é que ele fique em 82%, com impacto financeiro de R$ 15 bilhões, sendo R$ 10 bilhões para o mercado livre e R$5 bilhões para o regulado. O Impacto Financeiro refere-se a diferença entre a Energia Alocada do Mecanismo de Realocação de Energia e Total de Garantia Física do MRE, valorada pelo PLD. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 03.11.2020)

1.3 MME autoriza importação e exportação de energia

O MME autorizou nessa terça-feira, 3 de novembro, a comercializadora paulista Desttra a importar e exportar energia da Argentina e do Uruguai, com destinação ao mercado de curto prazo brasileiro. A medida tem validade até 31 de dezembro de 2022. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 03.11.2020)

1.4 CMSE decide manter operação de termelétricas para poupar reservatórios

Em reunião nesta quarta-feira (4), o CMSE decidiu manter o acionamento de usinas termelétricas com custo de operação mais elevado com o objetivo de poupar os reservatórios hidrelétricos da região Sul. Em reunião realizada hoje, as autoridades avaliaram que o despacho “fora da ordem de mérito” continua sendo necessário diante do cenário de poucas chuvas verificado no mês de outubro. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Valor Econômico – 04.11.2020)

1.5 MME aprova mais exportações de energia para Argentina e Uruguai

O MME autorizou a comercializadora paulista Migratio a importar e exportar energia da Argentina e do Uruguai, com destinação ao mercado de curto prazo brasileiro. A medida tem validade até 31 de dezembro de 2022. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 04.11.2020)

2 Regulação

2.1 Aneel encerra processo que opunha 12 comercializadoras e distribuidoras

A Aneel aprovou reprocessamento, pela CCEE, do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD) de energia existente, relativos a contratações realizadas em três leilões, também de energia “velha”. Pela decisão da Aneel, a CCEE terá que reprocessar e recontabilizar o MCSD aplicado no período entre janeiro e abril e aos contratos do 18º e do 20º leilão de energia existente e apenas quando se tratar de migrações de consumidores para o mercado livre. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Brasil Energia 0 03.11.2020)

2.2 Conta Bandeiras repassará R$ 63,5 mi para distribuidoras

A Aneel definiu em aproximadamente R$ 63,5 milhões o repasse às concessionárias de distribuição de energia elétrica credoras da Conta Bandeiras referente às operações de setembro de 2020. Conforme o despacho nº 3.118, publicado no DOU de 4 de novembro, os valores serão repassados a 46 distribuidoras até 9 de novembro. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 04.11.2020)

3 Oferta e Demanda de Energia Elétrica

3.1 PLD da 2ª semana de novembro sobe em todos os submercado

A CCEE informa que o PLD para o período de 7 a 13 de novembro aumentou em todos os submercados. Para o Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, o aumento foi de 51%, passando de R$ 370,77/MWh e atingindo o preço máximo regulatório de R$ 559,75/MWh. Já no Nordeste, a alta foi de 31%, passando de R$ 150,60/MWh para R$ 196,76/MWh. O principal fator responsável pelo aumento do PLD foi a redução das expectativas de afluências do SIN. Os limites de envio de energia da região Nordeste foram atingidos em todos os patamares, mantendo o descolamento dos preços em relação aos demais submercados. Para novembro, espera-se que as afluências fechem em torno de 56% da média de longo termo (MLT) para o sistema, sendo 56% no Sudeste; 22% no Sul; 90% no Nordeste e 89% no Norte. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (CCEE – 06.11.2020)

3.2 ONS: outubro de 2020 é o mais seco em série histórica de 90 anos

O mês de outubro foi o pior em termos de afluências em todo o histórico de 90 anos no Brasil. Foi assim que o ONS definiu as afluências do período que se encerrou em 31 de outubro. Em três submercados de um total de quatro a energia natural afluente esteve nos primeiros lugares desse incômodo ranking para a geração de energia elétrica. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

3.3 Três submercados vêem PLD crescer há 10 semanas

Com dez semanas de alta, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, aumentou 17% para a primeira semana operativa de novembro (31/10 a 06/11), passando de R$ 317,03/MWh para R$ 370,77/MWh. O Nordeste verificou queda de 19% no preço médio, que foi de R$ 185,11/MWh para R$ 150,60/MWh. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Brasil Energia - 30.10.2020)

3.4 Carga do SIN em 30 dias cresce 1,93%

A carga média recente do Sistema Interligado Nacional (SIN), nos últimos 30 dias até 2/11, foi 1,93% superior ao período equivalente de 2019, de acordo com o MME. A demanda aumentou de 64.878 MW médios para 66.130 MW médios no mesmo recorte temporal. Já a energia hidráulica armazenada no SIN reduziu 0,2% em relação ao dia anterior (1º/11), chegando a 29,6%. A distribuição por subsistema corresponde ao seguinte: Sul (24,2%); Sudeste/Centro-Oeste (23,5%); Nordeste (55,6%) e Norte (29,7%). Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Brasil Energia - 04.11.2020)

3.5 Capacidade instalada em outubro

A Aneel liberou 318,34 MW para operação comercial em outubro de 2020 – sendo 147,28 MW (46%) em geração de fonte eólica, 95,68 MW (30%) em usinas solares fotovoltaicas e os outros 75,38 MW (24%) a partir das fontes térmica (usinas termelétricas) e hídrica (pequenas centrais hidrelétricas). Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Aneel – 05.11.2020)

4 Inovação

4.1 EPE apresenta aplicativo para cálculo de Garantia Física de UHEs e UTEs

A EPE disponibilizou em 3 de novembro um aplicativo para cálculo do rateio da carga crítica do sistema nos blocos hidráulico e térmico, assim como das métricas do critério de suprimento associadas à dimensão da energia vigente a partir de janeiro de 2020. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 03.11.2020)

5 Biblioteca Virtual

5.1 Artigo GESEL: “Transição energética em sistemas isolados: o caso de Roraima”

Em artigo publicado pelo Broadcast da Agência Estado de São Paulo, os pesquisadores do GESEL-UFRJ Nivalde de Castro, Mauricio Moszkowicz e André Alves tratam do caso de Roraima e do leilão de 2019 que objetivou garantir a segurança e a confiabilidade energética e reduzir custos e níveis de poluição. Segundo os autores, “do ponto de vista da segurança e qualidade do suprimento de energia elétrica, o projeto do grupo Eneva [com inovações tecnológicas da UTE Jaguatirica II] trará impactos positivos, na medida em que aumentará a qualidade e a confiabilidade do fornecimento de energia elétrico”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 03.11.2020)

5.2 Artigo de José Roberto Mendonça de Barros sobre o mercado de petróleo e passagem para uma nova matriz

Em artigo publicado pela Jornal O Estado de São Paulo, José Roberto Mendonça de Barros, economista e sócio da MB Associados, fala sobre o fim da predominância do petróleo na matriz energética mundial. O autor afirma que “a Shell e outras petroleiras já haviam projetado que o pico de consumo do petróleo se dará por volta de 2030 e não mais 2040, devido, essencialmente, aos esforços de enfrentar o aquecimento global, estimulando o progresso tecnológico que viabilize a passagem para uma nova matriz energética. A pandemia, que reduziu drasticamente o consumo de petróleo, e os avanços acentuados na digitalização e mudanças tecnológicas certamente irão acelerar o processo.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL – IE – UFRJ – 02.11.2020)

Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Pesquisadores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Rubens Rosental.
Assistentes de pesquisa: Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IECC não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa vinculada ao GESEL do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: iecc@gesel.ie.ufrj.br