IECC: nº 19 - 27 de novembro de 2018

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

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Índice

1 Marco Institucional

1.1 Equipe de Bolsonaro quer antecipar mudanças no setor elétrico

A equipe de transição de Jair Bolsonaro pretende antecipar mudanças do setor elétrico previstas para o período de 2020 a 2026. O grupo pretende abrir o mercado livre para clientes residenciais e criar uma Bolsa para contratos futuros o mais breve possível, embora projetos tenham previsão de entrega em 2026 e 2020, respectivamente. As modificações já seriam para o ano de 2019, mas a dificuldade de modificação dos contratos vigentes pode ser um entrave para a implementação. (Folha de São Paulo – 16.11.2018)

1.2 Comissão do Senado aprova projeto de lei sobre expansão do mercado

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, aprovou nesta terça-feira (20/11) o Projeto de Lei do Senado (PLS) 232/2016 de expansão do mercado de energia, permitindo que pequenos consumidores ingressem no mercado livre. A partir de 18 meses da publicação, consumidores com carga mínima de 2.000 kW poderão ingressar no mercado, enquanto cargas de 1.000 kW, 500 kW e 300 kW poderão optar pela modalidade após 30, 42 e 66 meses da publicação do texto, respectivamente. Para ler o PLS 232 na íntegra, clique aqui. (Brasil Energia – 20.11.2018)

1.3 MP 855 prevê alterações em outorgas de usinas a gás natural

O governo, com o objetivo de garantir o aproveitamento ótimo de termelétricas a gás natural, que tenham entrado em operação a partir de 2010, poderá permitir a alteração do perfil de entrega e prazos de contratos de energia lastreados, mantendo as mesmas condições de preço e reembolso de despesas. Com a aprovação da MP 855, serão prorrogados por até 10 anos as outorgas destas usinas de gás natural. Para ler a MP 855 na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 14.11.2018)

1.4 Setor elétrico se mobiliza para aprovar GSF e mudanças no mercado de energia

Os representantes do setor elétrico buscam convencer na próxima semana, parlamentares da Câmara e Senado sobre a necessidade de garantir a aprovação de projetos de lei que tratam da solução do risco hidrológico (GSF) e revisam o modelo comercial do setor. A ideia é fazer com que projetos, na Câmara, no Senado e na Comissão de Infraestrutura, andem simultaneamente e sejam aprovados o mais rápido possível. (Agência CanalEnergia – 22.11.2018)

1.5 Governo sofre derrota no STJ em processo relacionado ao GSF

Em uma derrota no processo relacionado ao risco hidrológico, a União e a Aneel tiveram o pedido para suspender todas as liminares referentes ao risco hidrológico (GSF) em tramitação indeferido pelo STJ. Caso a liminar tivesse sido favorável, o governo teria removido 61 processos referentes ao caso. (Agência CanalEnergia – 16.11.2018)

2 Regulação

2.1 Aneel aprova Regras de Comercialização - versão 2019

A Aneel aprovou nesta terça-feira (13/11), durante Reunião Pública da Diretoria, as Regras de Comercialização, versão 2019. A principal inovação é a adequação das regras à possibilidade de adoção do PLD Horário, em substituição à regra de PLD semanal. (Aneel – 14.11.2018)

2.2 Aneel: Missão é aprimorar regras de geração distribuída em 2019

A Aneel tem como objetivo aprimorar as discussões regulatórias sobre a geração distribuída ao longo de 2019, a fim de garantir a expansão da fonte com equilíbrio e sustentabilidade, disse o diretor-geral da agência reguladora, André Pepitone. (Valor Econômico - 21.11.2018)

3 Empresas

3.1 Amazonas-D: Leilão é transferido para 10 de dezembro

O leilão da Amazonas Distribuidora foi adiado novamente, de 27 de novembro para 10 de dezembro deste ano, às 17h. A entrega dos documentos foi marcada para o dia 6, conforme anunciou a Eletrobras em conjunto com o BNDES. (Valor Econômico – 22.11.2018)

3.2 Impacto tarifário de MPs será de 0,75% com venda da Amazonas

A Aneel já tem cálculos sobre os efeitos das MPs 855 e 856 sobre as tarifas de energia elétrica em 2019. Caso a Amazonas Disitribuidora seja privatizada, o impacto tarifário será de 0,75% em média, enquanto o aumento será de 0,91% caso a venda não aconteça até o prazo limite de 31 de dezembro. Se a empresa não for vendida até o fim do ano, ela será liquidada, e neste caso o governo buscará alternativas de fornecimento de energia no estado, como a realização de um leilão para escolher um novo distribuidor. (Agência CanalEnergia – 20.11.2018)

4 Leilões

4.1 Lotes do próximo leilão de transmissão

O próximo leilão de transmissão aprovado pela Aneel prevê a licitação de 16 lotes em 13 estados, a ser realizado no dia 20/12. Entre os empreendimentos, constam as linhas do Rio Grande do Sul que tiveram contratos expirados com a Eletrosul, além de dois lotes destinados ao atendimento do Amazonas. O governo espera a contratação de 7.125 km de novas linhas de transmissão com um investimento de cerca de R$13,17 bilhões nas linhas. (Brasil Energia – 14.11.2018)

5 Oferta e Demanda de Energia Elétrica

5.1 ONS: Criação de um agente de operação conjunta de microusinas será necessária

Conforme a tecnologia de geração distribuída avança, novos desafios devem ser encarados não apenas pelas distribuidoras, mas por todo o setor elétrico. Com a expansão de micro e mini usinas de geração (até 5 MW de capacidade) seria necessária a criação de um agente que faça a operação conjunta das microusinas. Atualmente as usinas correspondem a 500 MW de uma carga de 80 GW em picos de demanda no país. Mas a previsão da EPE é que a modalidade continue em expansão até alcançar 12 GW em 2027. (Brasil Energia – 16.11.2018)

6 Inovação

6.1 Startup lança ferramenta que possibilita o controle da conta de luz

A HomeCarbon Energy Solutions, startup que atua junto ao segmento de utilities nacionais, desenvolveu uma solução que permite monitorar o consumo de energia elétrica de uma residência. Com ela, um monitor de energia é conectado ao medidor, e os dados de consumo podem ser acompanhados por celular. O consumidor também poderá ser alertado sobre o valor da conta de luz antes do fechamento da fatura, além de ter acesso a outras funcionalidades. O sistema está em fase de uso pelas distribuidoras e poderá ser comercializado já em 2019. (Agência CanalEnergia – 22..11.2018)

6.2 Volkswagen anuncia plano de US$50 bi para veículos elétricos

A Volkswagen anunciou um plano de expansão da produção de veículos elétricos, visando se tornar a fabricante mais lucrativa de carros elétricos. Com expectativa de investimento de quase 44 bilhões de euros no desenvolvimento de carros elétricos e autônomos, e novos serviços de mobilidade até 2023, a montadora também busca cooperar com a americana Ford para encontrar novos produtos e soluções. (Reuters – 16.11.2018)

7 Consumidores

7.1 GESEL: Seminário Internacional “Empoderamento dos Consumidores de Energia Elétrica”

O ISEG - Instituto Superior de Economia e Gestão - da Universidade de Lisboa e o GESEL- Grupo de Estudos do Setor Elétrico - da UFRJ vão realizar o Seminário Internacional: Empoderamento dos Consumidores de Energia Elétrica, com o objetivo de analisar e discutir os impactos tecnológicos sobre o comportamento dos consumidores de energia elétrica e no relacionamento com as empresas e marco regulatório. O Seminário ocorrerá das 9h às 17h30, em 30 de novembro de 2018, na sede do ISEG – Rua do Quelhas 6, Lisboa, Portugal. (GESEL-IE-UFRJ – 27.11.2018)

8 Biblioteca Virtual

8.1 Artigo GESEL: “O Empoderamento dos consumidores de energia elétrica”

Em artigo publicado pelo serviço de notícias Broadcast da Agência O Estado de São Paulo, Nivalde de Castro (Coordenador geral do GESEL-UFRJ), Carlos Oliveira e Bianca de Magalhães de Castro (pesquisadores do GESEL-UFRJ), defendem que os avanços tecnológicos do setor levam o consumidor a uma posição mais ativa e argumentam que a Aneel se demonstra pioneira com o lançamento de seu novo aplicativo na direção do empoderamento do consumidor. Segundo os autores, “o novo paradigma do consumidor ativo e de seu empoderamento terá como lastro o acesso a informações. [...] Frente a esta nova e dinâmica fronteira comportamental, a Aneel vem se preparando para disponibilizar o acesso ao consumidor de informações relevantes”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 26.11.2018)

8.2 Artigo de Abel Holtz (consultor): “E para não dizer que não falei…”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, o consultor do setor elétrico, Abel Holtz, aborda a crescente e importante ampliação do parque de geração térmico no país. Diante da expansão do setor e do crescimento da participação de fontes intermitentes, cada vez mais o uso das térmicas se faz necessário. O consultor destaca o papel de uma usina pouco utilizada no país, “na crescente participação das usinas termelétricas na composição da matriz de geração há que se considerar a energia da fonte biomassa desenvolvida com a participação da indústria sucroalcooleira e que detém um imenso potencial de desenvolvimento e participação no atendimento à demanda. [...] Por isso, é essencial investir na modernização destas usinas pela introdução de caldeiras mais eficientes, biodigestores para a extração do biogás e conexão com a rede de gás existente e com linhas de transmissão para escoar a produção”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.(GESEL-IE-UFRJ – 21.11.2018)

8.3 Artigo de Zilmar José de Souza (Única): “Levaremos 120 anos para aproveitar potencial da bioeletricidade?”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Zilmar José de Souza, gerente de bioeletricidade da Única, aborda através do PDE 2027, recém publicado pela EPE, o não aproveitamento do potencial de bioeletricidade sucroenergética no país. Zilmar defende um maior investimento do governo nesse modelo de geração, “além do significativo conjunto de atributos apresentados pela bioeletricidade, o setor sucroenergetico pode contribuir de forma mais aderente com as expectativas de incremento da produção de biomassa da cana-de-açúcar, fato que motiva a revisão dos atuais 375 MW adicionais por ano de bioeletricidade e aproveitar este potencial técnico numa taxa mais acelerada do que a prevista na minuta do PDE 2027”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 22.11.2018)

8.4 Artigo de Eduardo Müller Monteiro (Instituto Acende Brasil), Roy Martelanc (FEA-USP) e Rafael Falcão Noda (ISA CTEEP): “Custo de Capital Regulatório com lentes de longo prazo”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Eduardo Müller Monteiro (Instituto Acende Brasil), Roy Martelanc (FEA-USP) e Rafael Falcão Noda (ISA CTEEP), abordam o custo do capital regulatório no país. Os autores pautam sua discussão a partir de um projeto de P&D que conta com pesquisadores do Instituto Acende Brasil e da USP no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica, regulado pela Aneel. Desenvolvido em julho deste ano, o projeto intitulado “Contribuições Metodológicas para Definição de Custo de Capital Regulatório para o Setor de Transmissão de Eletricidade no Brasil”, segundo os autores, surge com a intenção de “contribuir para a discussão de uma metodologia estrutural sobre a estimação do custo de capital regulatório, mas com ênfase em lentes de longo prazo”. A discussão motivou um seminário internacional, que, acontece no próximo dia 28 de novembro. Para inscrição e outras informações sobre o seminário, clique aqui. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 23.11.2018)

Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Pesquisadores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Rubens Rosental.
Assistentes de pesquisa: Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IECC não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa vinculada ao GESEL do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: iecc@gesel.ie.ufrj.br