Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) no dia 26/10, os agentes associados à CCEE aprovaram por unanimidade o orçamento para 2021, no valor de R$ 180,7 milhões. O montante é 2,4% superior ao aprovado para 2020 e fica abaixo da meta do Banco Central com o IPCA esperado de 3,0% a.a. para o próximo ano. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 26.10.2020)
IECC: nº 110 - 03 de novembro de 2020
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro
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Índice
1 Marco Institucional
1.2 Novo produto do BNDES pode compensar perda de desconto fio
O estímulo que o BNDES pretende trazer ao mercado de emissões de debêntures no mercado primário a projetos que tenham características de sustentabilidade poderá ajudar a compensar a perda de competitividade da energia eólica decorrente do fim do subsidio da Tust a partir de setembro de 2021 e a entrada do PLD Horário. Essa é a avaliação do CEO da Voltalia Robert Klein, que participou de painel na tarde desta terça-feira, 27 de outubro, primeiro dia do 11º Brazil Windpower. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 27.10.2020)
2 Empresas
2.1 Aprovado aumento de capital de R$ 1,88 bi na Eletronuclear
A Eletrobras comunicou ao mercado em 21/10 que a assembleia geral extraordinária de acionistas da Eletronuclear aprovou aumento do capital social da subsidiária no valor de R$ 1,88 bilhão, relativos a adiantamentos para futuro aumento de capital (AFAC) no valor de R$ 850 milhões, além de conversão de créditos de financiamento de R$ 1,035 bilhão. Após a transação, o capital social total da Eletronuclear passa de R$ 6,6 bilhões para R$ 8,49 bilhões. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Brasil Energia - 23.10.2020)
2.2 Petrobras é autorizada a importar gás da Bolívia
A Petrobras foi autorizada a importar gás natural da Bolívia, no total de até 10,08 milhões de m3/dia, em regime interruptível, para o atendimento do mercado termelétrico. Além do volume estabelecido, a petroleira foi autorizada a importar volume adicional de até 1 milhão de m3/dia, referente ao Gás Natural de Uso do Sistema de Transporte (GUS). A autorização terá validade até 31 de dezembro de 2020. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Diário Oficial - 28.10.2020)
3 Leilões
3.1 Aprovado edital do Leilão de Energia Existente (A-1)
A diretoria da Aneel definiu, em reunião pública extraordinária no dia 26/10, a aprovação do Edital do Leilão nº 6/2020-ANEEL – também denominado Leilão de Energia Existente “A-1” de 2020 - destinado à compra de energia elétrica proveniente de empreendimentos de geração existentes. No certame, que será realizado no dia 4 de dezembro de 2020, serão negociados contratos por quantidade de energia elétrica, de qualquer fonte, para dois anos de suprimento (entre 1º de janeiro de 2021 e 31 dezembro de 2022). Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Aneel – 26.10.2020)
3.2 Evento da Aneel com APEX sobre leilão de transmissão reúne 600 investidores
Buscando atrair ainda mais investidores estrangeiros para o setor elétrico brasileiro a Aneel e a Apex-Brasil realizaram nesta quarta-feira (28/10) o evento virtual “Leilão de Transmissão 2020: oportunidades de negócios e investimentos no setor de energia brasileiro”, no âmbito do programa Invest in Brasil, que contou com a participação de cerca de 600 investidores de 28 países, incluindo Brasil, China, Estados Unidos, Espanha e França. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Aneel – 28.10.2020)
4 Oferta e Demanda de Energia Elétrica
4.1 ONS: Carga sobe 3,3% em outubro com reabertura da economia
A carga de energia do Brasil deve avançar 3,3% em outubro ante igual período do ano passado, em meio ao processo de reabertura da economia após medidas de isolamento contra a pandemia do novo coronavírus, informou o ONS em 23/10. A projeção, no entanto, desacelerou ante a alta de 4,7% vista na semana anterior. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (G1 – 23.10.2020)
4.2 Carga do SIN cresce 5,83%
A carga média recente do Sistema Interligado Nacional (SIN), nos últimos 30 dias até 25/10, foi 5,83% superior ao período equivalente de 2019, de acordo com o MME. A demanda aumentou de 63.660 MW médios para 67.373 MW médios no mesmo recorte temporal. Na semana anterior, foi registrada elevação de 5,72% pela mesma análise, números considerados significativos, após meses seguidos de retração do consumo de energia em função dos efeitos sociais e econômicos da pandemia. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Brasil Energia - 28.10.2020)
4.3 EPE: O consumo de energia elétrica em setembro de 2020 totalizou 40.227 GWh
O consumo de energia elétrica no Brasil em setembro de 2020 totalizou 40.227 GWh, representando avanço de 2,6% em relação ao mesmo mês de 2019. Segundo crescimento do consumo total em 2020. Por sua vez, o consumo acumulado em 12 meses alcançou 472.368 GWh, demonstrando uma variação negativa de 1,4%, entretanto uma queda mais suave do que a anotada em agosto. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (EPE – 29.10.2020)
5 Biblioteca Virtual
5.1 Artigo GESEL sobre impactos da deterioração dos indicadores socioeconômicos brasileiros sobre a distribuição
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Nivalde de Castro, coordenador do GESEL, Lorrane Câmara, Daniel Ferreira e Luiz Ozorio, pesquisadores do GESEL, falam sobre os impactos que as crises financeiras e sociais geram sobre o equilíbrio das contas das distribuidoras. Os pesquisadores afirmam que há uma “dimensão dos impactos da pandemia sobre as distribuidoras pouco conhecida: o aumento dos furtos de eletricidade, tecnicamente denominado por perdas não técnicas (PNT). Nota-se que as PNT agravam, ainda mais, o desequilíbrio financeiros das distribuidoras, pois parte da energia furtada é paga pelo caixa e outra parte é paga consumidores normais, impondo, assim, um vetor de aumento das tarifas, dependendo do nível de perdas e da dificuldade de combatê-las, como é o caso do Estado do Rio de Janeiro.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 29.10.2020)
5.2 Artigo sobre a revisão tarifária e a divisão entre distribuidoras e consumidores
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Gabriela Ruddy, jornalista do Valor Econômico, fala sobre a necessidade de revisão tarifária e o embate entre as distribuidoras e os consumidores. Segundo a autora, a Aneel “discute o reequilíbrio econômico-financeiro das concessões de distribuição devido aos impactos da pandemia e as concessionárias de distribuição defendem a necessidade de uma revisão tarifária extraordinária para equacionar os impactos das medidas de restrição à circulação, que levaram à queda no consumo de energia, enquanto os consumidores argumentam que o aumento no preço pode afetar a retomada econômica. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 27.10.2020)
5.3 Jefferson Bergamo, da R3: “Uma comercialização de energia para o Século 21”
Em artigo publicado na Editora Brasil Energia, Jefferson Bergamo, head de vendas corporativas da R3, fala sobre a trajetória e perspectivas do mercado livre de energia, ou Ambiente Livre de Contratação (ACL). Segundo o autor, “o ACL prepara-se para viver uma fase de profundas mudanças em seu perfil e dinâmica operacional, principalmente por conta dos impactos da introdução de novas fontes de geração distribuída, da digitalização da rede e dos recentes avanços tecnológicos”. Ele conclui que “o futuro do setor de comercialização de energia exigirá escala e capacidade de gestão de enormes complexidades. O mercado de comercializadoras deverá se consolidar e crescer de modo a enfrentar os desafios de gestão, marca, produto e canal de relacionamento que já se apresentam no horizonte”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 27.10.2020)
5.4 Artigo de Abel Holtz sobre a Renegociação do Tratado Binacional de Itaipu
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Abel Holtz, consultor da Agência, fala sobre a conjuntura da renegociação do Tratado Binacional de Itaipu. O autor afirma que “é de todo sentido voltar a falar da nossa Itaipu considerando o que nosso parceiro e vizinho tem sido confrontado internamente e resistido na defesa das suas hidrelétricas sobretudo ao binacionais com o Brasil e a Argentina. Não são poucas as “verdades” que são reverberadas na imprensa local tendo em vista a Renegociação do Tratado Binacional com o Brasil. Infelizmente, só trazem inverdades que afetam negativamente a formação da opinião pública local e estigmatizam também a posição do Brasil na parceria.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 28.10.2020)
5.5 Artigo de Mauro Cianciarullo sobre tecnologias para torres eólicas
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Mauro Iwanow Cianciarullo, engenheiro formado pela USP, especialista em dutos, fala sobre inovação para torres de aerogeradores. O autor afirma que “a tecnologia eólica está atravessando uma interessante transformação. Cada vez maiores, os aerogeradores já são encontrados nos 12 MW de potência para o mercado offshore e estão alcançando 6 MW de potência no mercado onshore, isto decolou nos últimos 10 anos.Entretanto toda inovação traz desafios e o desafio da vez são as torres para elevar aerogeradores à altura de projeto.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 28.10.2020)
5.6 Artigo de Luiz Pinguelli Rosa (UFRJ) sobre privatização da Petrobras
Em artigo publicado pela Folha de São Paulo, Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras e professor da Coppe/UFRJ, fala sobre o caso de privatização da Petrobras. O professor afirma que “Enquanto o presidente faz performances para o público, o ministro Paulo Guedes vende sorrateiramente pedaços da Petrobras e anuncia o mesmo para a Eletrobras. Já vendeu a preço de banana o controle de gasoduto e da distribuidora BR, da Petrobras. Agora, pretende apurar cerca de R$ 50 bilhões com a venda do controle das refinarias —ou seja, uma ninharia, pois só de lucro em 2019 a Petrobras recebeu R$ 40 bilhões.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 29.10.2020)
5.7 Artigo de Paula Kovarsky (Cosan) sobre abertura do mercado de gás
Em artigo publicado pela Agência Brasil Energia, Paula Kovarsky, Head of US Office e diretora de Relações com Investidores da Cosan, fala sobre a abertura do mercado de gás no Brasil. A autora afirma que, “ainda que o debate atual esteja centrado em algumas divergências setoriais que precisam ser endereçadas, o caminho necessário para conectar suprimento ao mercado, de fato, já foi traçado. Sooner rather than later um produtor de gás diferente da Petrobras conseguirá vender sua produção para outros players e distribuidoras e consumidores livres terão finalmente alternativas reais de suprimento dessa commodity. O desafio agora é manter o foco e evitar que discussões pouco profundas se tornem pedras nesse caminho. O Brasil já perdeu tempo demais.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 29.10.2020)
5.8 Artigo de Magda Chambriard (FGV) sobre despachos de térmicas inflexíveis
Em artigo publicado pela Agência Brasil Energia, Magda Chambriard, consultora na FGV Energia, fala sobre a nova lei do gás e os despachos de térmicas inflexíveis. A autora afirma que “se, por um lado, o governo defende o despacho por ordem de mérito, ressaltando a necessidade de competição entre as diversas fontes para obtenção de energia a preços acessíveis para a sociedade, por outro, também é verdade que essa mesma sociedade se beneficiaria de mais gás no mercado a preços acessíveis e de projetos greenfield de infraestrutura que pudessem trazer emprego e renda, principalmente em momento de grave depressão, como o que estamos vivendo.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 29.10.2020)
5.9 Artigo de Ivo Dorileo, da SBPE sobre universalização de acesso à energia elétrica
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Ivo Leandro Dorileo, presidente da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético, fala sobre políticas públicas para promover acesso universal a energia elétrica. O autor afirma: “convivemos, de fato, com um problema socioeconômico que merece uma profunda e revitalizada política pública na área energética sobre tarifação, modalidades tarifárias e consumidores baixa renda, lado a lado com as políticas econômica e social. Pode-se iniciar pelo setor residencial, que consome 25,0% de toda a oferta elétrica do país, mas, onde há disparidades significativas de demanda entre classes de consumidores e tarifas se considerarmos variáveis como a renda, concentração do número de consumidores por região do país, padrões de consumo, indicadores de estilo e hábitos de vida e uso de equipamentos, e, de um estudo inédito de Souza, Mattos e de Almeida (2020, UFJF), as elasticidades-preço e renda estimados a partir dos efeitos espaciais na demanda de eletricidade, entre as unidades da federação.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 30.10.2020)
5.10 Artigo de Eduardo Ruiz, diretor da Watt Capital: “Fim do desconto na TUST beneficiará a fonte eólica no médio prazo”
Em artigo publicado na Editora Brasil Energia, Eduardo Tobias Ruiz, sócio fundador e Diretor da Watt Capital, analisa o impacto do fim do desconto na Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST) nas fontes eólica e solar. Segundo o autor, “por se tratar de uma tarifa sobre a potência, projetos eólicos serão menos afetados do que projetos solares fotovoltaicos”. Ele conclui que “passado o período de transição da regulação, o fim do desconto dará à fonte eólica um diferencial competitivo na disputa com a fotovoltaica por contratos de longo prazo no Ambiente de Contratação Livre”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 30.10.2020)
5.11 Entrevista com a diretora da Ação Climática da Comissão Europeia
Em entrevista publicada pelo Valor Econômico, Yvon Slingenberg, diretora da Ação Climática da Comissão Europeia, falam sobre os impactos da nova meta climática do Brasil sobre o acordo entre a UE e o Mercosul. Segundo o texto “A transição da sociedade europeia “vai custar muito dinheiro, não estamos negando. Mas vamos colocar muitos recursos para colocar a economia de volta nos trilhos e, ao mesmo tempo, para a transição verde”, diz. Boa parte dos recursos será investida na “transição justa”, ou seja, no apoio às pessoas e às regiões europeias mais afetadas pela mudança, como as ligadas à exploração de carvão. Há boas oportunidades para o Brasil na aposta energética da Europa, o hidrogênio, que deve ser produzido a partir de renováveis, e não combustíveis fósseis, diz ela.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 29.10.2020)
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Pesquisadores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Rubens Rosental.
Assistentes de pesquisa: Sérgio Silva.
As notícias divulgadas no IECC não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa vinculada ao GESEL do Instituto de Economia da UFRJ.
Para contato: iecc@gesel.ie.ufrj.br