IECC: nº 122 - 01 de março de 2021

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

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Índice

1 Marco Institucional

1.1 Brasil bate recorde com 500 mil unidades de geração solar distribuída

O Brasil atingiu a marca de 500 mil unidades consumidoras de energia solar fotovoltaica distribuída (GD). Desse total, 73,6% estão instaladas em residências, segundo o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), Rodrigo Sauaia. Os pequenos comércios já respondem por 16,6% do total de consumidores, seguidos pelo setor rural (7%), e pela indústria (2,4%). O restante - menos de 0,5% - se refere ao consumo de prédios públicos. (O Estado de São Paulo – 12.02.2021)

1.2 Brasil atinge 18 GW de capacidade em energia eólica

A energia eólica acaba de atingir a marca de 18 GW de capacidade instalada, em 695 parques eólicos e mais de 8.300 aerogeradores, informou a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). A executiva prevê que até 2024, mais 10 GW devem ser instalados no País, considerando apenas os leilões já realizados, atingindo 28 GW. A expectativa, porém, é de que com o crescimento da fonte no mercado livre, responsável por mais contratações entre 2018 e 2020 do que o mercado regulado, os números poderão ser maiores, estima Gannoum. (Broadcast Energia - 18.02.2021)

1.3 Senado avalia marco legal para geração em alto mar

O Senado recebeu ontem (24) um novo PL que promete abrir caminho para investimentos em projetos de geração de energia elétrica em alto mar, com forte potencial para o aproveitamento da fonte eólica no Nordeste. O PL 576/21 foi protocolado pelo senador Jean-Paul Prates (PT-RN), logo após apresentação a representantes do governo e do setor privado. O marco legal define um modelo de contratação semelhante ao do setor de petróleo e gás, aproveitando mecanismos como pagamento de bônus de assinatura e royalties para União, Estados e municípios. “Chegamos à conclusão de que podemos trabalhar perfeitamente com a autorização, que é mais simples, mais ágil, em vez de concessão ou permissão”, disse Prates, em evento virtual de lançamento da iniciativa. (Valor Econômico – 25.02.2021)

1.4 MME aprova PDE 2030

O MME aprovou o PDE 2030. O documento encontra-se disponível na página do MME na internet, no endereço eletrônico www.gov.br/mme. O MME ainda decidiu determinar que a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético coordene e dê sequência ao processo de aperfeiçoamento das metodologias, dos critérios e dos procedimentos adotados na elaboração dos Planos Decenais de Expansão de Energia, em articulação com as demais Secretarias do Ministério de Minas e Energia e com a EPE. (Diário Oficial da União - 25.02.2021)

2 Regulação

2.1 Bandeira tarifária tem déficit de R$ 3 bi em 2020, diz Aneel

Os consumidores brasileiros terão que pagar R$ 3,1 bilhões a mais nas contas de luz neste ano para cobrir o déficit na arrecadação da bandeira tarifária em 2020, segundo dados da Aneel. A bandeira tarifária é um sistema criado em 2015 e que aplica uma cobrança adicional nas contas de luz sempre que aumenta o custo da produção da energia no país. O objetivo é justamente que esse dinheiro pague pelo uso mais intenso das termelétricas, usinas que geram energia mais cara. O déficit do ano passado aconteceu porque a cobrança da bandeira tarifária ficou seis meses suspensa por decisão da Aneel, que adotou a medida para aliviar os impactos da pandemia da Covid-19 na economia do país. A cobrança foi retomada em dezembro e, desde então, tem encarecido as contas de luz dos brasileiros. Neste mês de fevereiro, vigora a bandeira amarela, que aplica taxa extra de R$ 1,34 a cada 100 kWh consumidos. De acordo com a Aneel, o custo a ser coberto pelas bandeiras tarifárias em 2020 foi de R$ 4,45 bilhões. Entretanto, foram arrecadados somente R$ 1,33 bilhão. (G1 – 18.02.2021)

2.2 Aneel autoriza uso antecipado dos créditos de ICMS para reduzir tarifas de energia

A Aneel autorizou o uso de até 20% dos créditos tributários obtidos pelas concessionárias de distribuição em processos contra a Fazenda, para reduzir eventuais aumentos expressivos na conta de luz, mesmo antes da conclusão da consulta pública que discute a forma de devolução desses valores, prevista para terminar em 29 de março. Os montantes são de decorrentes de uma série de ações judiciais movidas pelas distribuidoras ao longo da década passada pedindo a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins nas tarifas de energia. Como a maioria dos processos já foram encerrados na Justiça, a agência decidiu abrir a CP 005/2021 para definir como se dará a devolução desse dinheiro aos consumidores. (Broadcast Energia - 19.02.2021)

2.3 Contas de luz devem ter neste ano maior aumento médio desde 2018, aponta Aneel

O aumento médio nas contas de luz em 2021 deve ser o maior desde 2018, de acordo com o diretor-geral da Aneel, André Pepitone. Atualmente, informou ele, a estimativa da agência é que o aumento médio fique em 13% em 2021. Esse percentual cairia para 8% com a devolução aos consumidores de uma parte dos R$ 50 bilhões em impostos cobrados a mais nas contas de luz nos últimos anos. Mesmo assim, o aumento de 8% continuaria sendo o maior desde 2018, quando a alta média das tarifas foi de 15%. (G1 – 23.02.2021)

2.4 Diretoria da Aneel aprova resultado da Audiência Pública nº. 001/2020

A Aneel aprovou, nesta terça-feira (23/2), o resultado da audiência pública virtual que recebeu informações adicionais para o aprimoramento da Etapa II do projeto de consolidação de normas da Agência. A diretoria votou pela desnecessidade de consolidação de 14 temas e seus respectivos atos, pela necessidade de publicação de nova versão das normas atinentes a nove temáticas, bem como pela revogação da Resolução Normativa nº 303/2008 e pela transferência dos sete temas restantes para outras etapas do projeto de consolidação – sendo cinco temas para a Etapa III e dois para a Etapa V. (Aneel – 23.02.2021)

2.5 Aneel recebe contribuições para alterar regras sobre Conselhos de Consumidores

A Aneel decidiu, nesta terça-feira, 23/2, abrir Consulta Pública para revisão das regras de criação, organização e funcionamento dos Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica. Atualmente, a questão está regulamentada pela Resolução Normativa ANEEL nº 451, de 2011. Na Consulta, propõe-se que seja editada nova norma para, entre outros, melhorar a compreensão de seus dispositivos, suprir lacunas de regulação e estabelecer incentivos para que os Conselhos de Consumidores sejam ainda mais eficazes e eficientes em suas atuações. (Aneel – 23.02.2021)

3 Empresas

3.1 Eletrobras assume liderança no Brasil da Plataforma Ação contra a Corrupção da ONU

A partir de março, a Eletrobras vai liderar as ações da Plataforma Ação contra a Corrupção, da Rede Brasil do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), informou a estatal nesta quinta-feira (18). A diretora de Governança, Riscos e Conformidade, Camila Araújo, será a representante da empresa na ação. A empresa informou que as ações da plataforma estão conectadas principalmente ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 16, que visa a promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas. (Broadcast Energia - 18.02.2021)

3.2 Governo edita MP para privatizar Eletrobras

O presidente Jair Bolsonaro entregou nesta terça-feira (23/02) aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL) e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) a Medida Provisória 1.031/2021, que trata da privatização da Eletrobras, via oferta de ações, num esforço de demonstrar a manutenção da agenda liberal anunciada na campanha eleitoral. A MP também foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. A MP, na prática, incorpora todas as principais medidas previstas no Projeto de Lei 5.177/2019, que está com a tramitação paralisada na Câmara. (Brasil Energia - 23.02.2021)

3.3 Oposição pede devolução da MP da Eletrobras

Lideranças dos partidos de oposição solicitaram ao presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a devolução imediata da MP 1031 à Presidência da República, alegando o não atendimento aos requisitos constitucionais de urgência e relevância e a usurpação de competência do Legislativo. A intenção do governo é acelerar a tramitação da proposta, que entra em regime de urgência, obstruindo a pauta, a partir de 9 de abril. O deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) está sendo cotado como provável indicado à relatoria da MP da Eletrobras ou do PLS 232, que  na Câmara ficou como PL 414.  A medida provisória tinha recebido até o fim da tarde desta quinta-feira (25), último dia do prazo, 116 emendas. A MP, que foi entregue aos presidentes da Câmara e do Senado na última terça-feira, 23 de fevereiro, autoriza o BNDES a contratar os estudos técnicos para a privatização da estatal. (Agência CanalEnergia – 25.02.2021)

3.4 Petrobras termina 2020 com lucro de R$ 7,1 bilhões

A Petrobras terminou 2020 com lucro líquido de R$ 7,1 bilhões ante os R$ 40,1 bilhões de 2019.  A receita de vendas no ao chegou a R$ 272 bilhões, abaixo dos R$ 302,2 bilhões do ano anterior. O Ebitda ajustado da estatal somou R$ 142,9 bilhões, 10,6% acima do registrado em 2019. De acordo com a empresa, a redução no lucro no ano veio em decorrência da queda de 35% do preço do Brent em dólares, a um maior impairment, menores ganhos com desinvestimentos e desvalorização de 31% do real em relação ao dólar americano. (Agência CanalEnergia – 25.02.2021)

4 Leilões

4.1 Agência homologa parcialmente resultado do Leilão de Transmissão nº. 1/2020

A diretoria colegiada da Aneel aprovou nesta terça-feira (23/2) a homologação parcial do resultado e adjudicação do objeto do Leilão nº 1/2020-ANEEL. Destinado a contratar concessões do serviço público de transmissão de energia elétrica, pelo prazo de 30 anos, o certame ocorreu em 17 de dezembro de 2020, na sede da B3, em São Paulo. Foram licitados e arrematados 11 lotes, com o propósito de reforçar a Rede Básica do SIN, totalizando 1.959 km de linhas de transmissão e 6.420 MVA em capacidade de transformação, com investimentos estimados na ordem de 7,3 bilhões de reais e geração de 14.881 empregos diretos. Como resultado, o Leilão apresentou o deságio médio de 55,24%, o que representou economia na ordem de R$ 14,2 bilhões para os consumidores finais (livres e cativos), ao longo dos 30 anos das concessões. (Aneel – 23.02.2021)

4.2 MME disponibiliza sistema de declaração digital para leilões A-3 e A-4

O MME disponibilizou, na última segunda-feira (22/02), o sistema digital para declaração de necessidade de compra dos leilões de energia nova A-3 e A-4 de 2021. Além disso, também foi liberado o termo de compromisso de compra de energia elétrica das distribuidoras. As declarações deverão ser preenchidas no site do ministério, até a próxima sexta-feira (26/02). (Brasil Energia - 23.02.2021)

5 Oferta e Demanda de Energia Elétrica

5.1 ONS: demanda aumentou 1,9% em janeiro

O monitoramento do SIN aponta que em janeiro a demanda por energia bateu a marca de 1,9% de crescimento, se comparado com o mesmo mês de 2020. Com relação a dezembro, houve uma aceleração de 2%. No total acumulado dos últimos 12 meses, a carga registrou uma variação negativa de 1,1% em relação ao mesmo período anterior. As informações estão no boletim mensal de carga do ONS. As temperaturas elevadas e a manutenção da expansão da produção industrial explicam o desempenho da carga no mês. (Agência CanalEnergia – 22.02.2021)

5.2 ONS: carga de energia no SIN sobe 0,3% entre 13 a 19 de fevereiro

A carga de energia no SIN teve uma ligeira alta de 0,3% entre 13 e 19 de fevereiro, na comparação com a semana anterior, chegando a 68.661 MWmed, segundo dados do ONS. Na semana passada, houve aumento de 1% na carga do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, para 39.719 MWmed, e estabilidade no Sul, a 12.358 MWmed. No Nordeste, houve recuo de 2%, para 11.040 MWmed, e de 1% no Norte, a 5.544 MWmed. Em relação à semana de 16 a 22 de janeiro, houve queda de 2% na carga do SIN, passando de 70.042 MWmed, para os atuais 68.661 MWmed. Por subsistema o Sudeste/Centro-Oeste teve baixa de 4,1%, no Sul de 0,1%, no Nordeste houve alta de 1,8% e no Norte a elevação foi de 2,7%. (Broadcast Energia - 24.02.2021)

5.3 ONS/PMO: Carga de energia no SIN deve crescer 4,1% em março

A carga de energia no SIN deve encerrar o mês de fevereiro em 72.018 MW médios, o que corresponde a uma alta de 1,1% em relação ao observado em igual período do ano passado. Para março, a expectativa do ONS é de uma alta de 4,1%, em base anual de comparação, para 71.527 MW médios, segundo divulgado há pouco durante reunião da PMO. Para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a perspectiva é alta de 1,6% em fevereiro, para 40.935 MW médios, enquanto para o mês de março a previsão é alta de 4,2%, para 41.493 MW médios. (Broadcast Energia - 25.02.2021)

5.4 CCEE: geração e consumo sobem 2,7% no quarto trimestre de 2020

Dados consolidados pela CCEE apontam crescimento de 2,7% tanto na geração quanto no consumo de energia no quarto trimestre de 2020, em comparação aos mesmos três meses de 2019. O período registrou as maiores variações positivas em todo o ano passado. A produção das hidrelétricas caiu 1,4% em relação a idêntico período do ano anterior. A solar fotovoltaica recuou em 1,3%. Já a geração térmica teve um crescimento de 14,7% e alcançou a marca de 16.699 MW med. As eólicas geraram 3% a mais no período, chegando a 7.641 MW. No total, foram gerados 67.436 MW med no Sistema Interligado Nacional. Na visão do consumo, o Ambiente de Contratação Livre cresceu 10,5% nos meses de outubro a dezembro, em comparação a 2019. No ano, foram 1.522 novos consumidores que aderiram ao Ambiente de Contratação Regulada. (Agência CanalEnergia – 17.02.2021)

6 Inovação

6.1 Brasil pode liderar a produção de hidrogênio verde

Com cerca de 80% da sua matriz energética renovável, o Brasil tem condições de se tornar protagonista na produção e exportação do chamado hidrogênio verde, um mercado que deverá atingir globalmente US$ 2,5 trilhões em 2050, respondendo por cerca de 20% de toda a demanda de energia no mundo, segundo estimativas do Hydrogen Council. A empresa vislumbra potencial de aplicação em quatro principais áreas: hidrorrefino do petróleo para transformação do óleo mais pesado em produtos de maior valor agregado (gasolina, diesel) e retirada do enxofre dos derivados de petróleo, fertilizantes hidrogenados (amônia e ureia), diesel verde produzido pela hidrogenação de óleos vegetais como de soja e mamona, e hidrogênio puro. (Valor Econômico – 18.02.2021)

6.2 Ceará vai erguer polo de produção de hidrogênio verde

O governo do Ceará está estruturando a formação de um polo de produção de hidrogênio verde no Porto do Pecém (CE). O plano é publicar quatro decretos para viabilizar o projeto, que conta com a parceria do Complexo do Pecém, da Federação das Indústrias do Ceará (FIEC) e da Universidade Federal do Ceará. Os acordos firmados nesta sexta-feira (19/02) foram assinados pelo governador do Ceará, Camilo Santana. A ideia é transformar a região em um hub de exportação do combustível limpo, com demanda futura considerada explosiva, o que seria facilitado pelo fato de a planta ser construída no porto. (Brasil Energia - 19.02.2021)

6.3 EPE lança Nota Técnica “Bases para a Consolidação da Estratégia Brasileira do Hidrogênio”

Para subsidiar o MME, os agentes de mercado e a sociedade como um todo, a EPE elaborou uma Nota Técnica (NT) com objetivo de abordar aspectos conceituais e fundamentais para construção de uma estratégia brasileira para o hidrogênio. O informe busca conceituar o panorama do mercado de hidrogênio, as rotas tecnológicas e processos de geração do hidrogênio. Além disso, discute alguns drivers determinantes da competitividade e os principais desafios para desenvolvimento do mercado de uso energético do hidrogênio. O texto destaca a necessidade de consolidar e formalizar a estratégia nacional em um plano de ação específico do governo federal neste tema. Por fim, destaca-se que esta estratégia deve ser elaborada para aproveitar as vantagens competitivas do Brasil (etanol, hidreletricidade, eólica, solar, gás natural, biogás nuclear e outras biomassas) para desenvolver novas vantagens competitivas na transição energética com foco no papel do hidrogênio. Uma estratégia na qual todas as cores importam, uma estratégia de hidrogênio “arco-íris. Acesse a NT aqui. (EPE – 24.02.2021)

7 Biblioteca Virtual

7.1 Artigo GESEL: “Planejamento da expansão da rede de transmissão”

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro, coordenador do GESEL, Rogério de Camargo, engenheiro eletricista e Bianca de Castro, pesquisadora do GESEL, falam sobre o planejamento para investimentos na expansão da rede de LTs. Os autores afirmam que “em função do processo de transição elétrica do Brasil, que ocorre no sentido de incrementar a participação das fontes eólicas e solar na matriz elétrica, o grande desafio do planejamento da transmissão é garantir o escoamento das novas plantas de geração proveniente destas fontes. Como estas novas unidades geradoras têm menor capacidade produtiva por quilômetro quadrado e ficam mais dispersas pelo território nacional, a ampliação da rede básica é mais capilar, o que exige maior volume de investimentos em transmissão”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 22.02.2021)

7.2 Artigo GESEL sobre viabilidade de Usinas Hidrelétricas Reversíveis no Brasil

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Nivalde de Castro, Coordenador do Gesel, Roberto Brandão, pesquisador sênior do Gesel, Nelson Hubner, ex Ministro de Minas e Energia e pesquisador do Gesel e Ana Carolina Chaves e Camila Vieira, pesquisadoras do Gesel, apresentam um resumo dos resultados do estudo realizado no âmbito do Projeto de P&D da Aneel sobre viabilidade de UHRs no SIN. Os pesquisadores afirmam que “no âmbito nacional, diante das perspectivas de forte crescimento de energias renováveis não controláveis, sobretudo a geração eólica e solar, e de redução da participação das usinas hidrelétricas (UHE), especialmente com reservatórios, na matriz elétrica, as UHRs são uma alternativa importante para a expansão do SIN”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 23.02.2021)

7.3 Artigo de Adriano Pires, diretor do CBIE, sobre deficiência evidente no planejamento do SEB

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), trata sobre a ineficiência do planejamento do setor elétrico brasileiro. Segundo o autor “A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que deveria zelar pela segurança do abastecimento, errou no planejamento, permitindo a expansão das energias renováveis intermitentes, como eólica, solar e hidrelétricas a fio d’+água sem o necessário complemento de termoelétricas, principalmente a gás natural, confiáveis, para geração de base ou para modulação da ponta da carga.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 22.02.2021)

7.4 Artigo apresenta uma análise da importância do Leilão de suprimento aos Sistemas Isolados

Em artigo publicado no jornal Valor Econômico, intitulado “Um leilão para limpar a matriz elétrica da Amazônia”, os autores Alexandre Henklain, Carlos Brandão, Donato da Silva e Ciro Campos analisam de forma geral a composição dos sistemas isolados, a qualidade do atendimento, os processos logísticos e custos envolvidos. Sendo os sistemas isolados um sistema composto majoritariamente por geração a partir de combustíveis fósseis, os autores destacam a necessidade e a importância da evolução das regras prevista para o leilão para suprimento de energia aos sistemas isolados, que acontecerá em 2021, para promoção da transição energética. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 22.02.2021)

7.5 Artigo de Vivaldo José Breternitz: “Pandemia pode reduzir definitivamente o uso de combustíveis fósseis”

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Vivaldo José Breternitz, que é doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo e professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie, trata sobre como a pandemia afetou a redução do uso de combustíveis fósseis. Segundo o autor “Agora, o estudo Covid-19-induced low power demand and market forces starkly reduce CO2 emissions, publicado em 8 de fevereiro pela revista Nature, sugere que a pandemia pode contribuir para uma redução definitiva da geração de energia por queima de combustíveis fósseis, petróleo e carvão, principalmente.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 22.02.2021)

7.6 Artigo de Irna Cavalcante: “O caminho do Ceará para conquistar o mundo com energia limpa”

Em artigo publicado pelo O Povo, Irna Cavalcante analisa o potencial do Ceára em se tornar um hub de exportação de hidrogênio verde, além da possibilidade de colocar o estado no centro do mundo em produção e exportação de energias renováveis. No caso do Ceará, a ideia é atrair investidores interessados em instaurar uma planta de eletrólise que use como insumos as energias eólica e solar. O projeto liderado pelo Governo do Estado conta também com a parceria e articulação do Complexo do Pecém; Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e Universidade Federal do Ceará (UFC). “Dos clusters econômicos que estamos trabalhando para potencializar a economia cearense a que está em maior vigor e virtuosidade é a de energias renováveis. Se conseguirmos dar este passo, o Ceará vai estar na vanguarda da transição energética”, afirmou o secretário do Desenvolvimento Econômico do Ceará, Maia Junior. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 22.02.2021)

7.7 Artigo de Ana Beatriz Dias Sousa sobre a energia eólica na expansão energética do país

Em artigo publicado no Brasil Energia, Ana Beatriz Dias Sousa comenta o papel da energia eólica na expansão energética do país. Segundo a autora, “em que pese o atual cenário brasileiro pandêmico ocasionado pela Covid-19, as promessas e expectativas para o segmento de geração de energia eólica para 2021 estão altas e determinantes para um futuro de um país que promete ser impulsionado pela energia, sobretudo, a renovável.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 22.02.2021)

7.8 Artigo de Antônio Carlos Federico sobre o crescimento da energia solar

Em artigo publicado no Brasil Energia, Antônio Carlos Federico, diretor comercial, de Marketing e Novos Negócios da Renovigi Energia Solar, comenta sobre o aumento do alcance do setor solar no Brasil. Passado um período de grandes desafios durante 2020, com inúmeras variáveis do mercado como pandemia, problemas na falta do fornecimento de materiais vindos da China e empecilhos logísticos que resultaram numa verdadeira bagunça no mercado, o segmento de energia solar respira mais aliviado. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 22.02.2021)

7.9 Artigo de Rachel Andalaft sobre os rumos da energia renovável no Brasil

Em artigo para o Broadcast Energia, Rachel Andalaft, CEO da plataforma Mangifera Analytics e sócia-fundadora da REA Consult, fala sobre a expansão renovável no Brasil. Se olharmos para 2020, é possível observar o crescente aumento da demanda por renováveis no País. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia, no ano passado o sistema elétrico brasileiro ganhou 4.932 MW de potência instalada de geração de energia elétrica centralizada. Desse total, cerca de 70% (3.519 MW) foram a partir de fontes renováveis. Só a fonte eólica representou 35% do total ampliado. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 22.02.2021)

7.10 Artigo da Cescon Barrieu Advogados sobre o impacto do PLD Horário nos PPAs existentes

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Gabriel Seijo, Alexandre Leite e Pedro Schönberger respectivamente, sócio e associados do Cescon Barrieu Advogados, falam sobre casos que representam desafios frente a mudança regulatória de cálculo do PLD, dentre esses os PPAs. Os autores afirmam que “inúmeros exemplos podem ser suscitados: um PPA de energia eólica com modulação flat, o vendedor teria precificado a incerteza de sua geração a fim de chegar ao preço negociado. Com o PLD horário, essa equação se altera – e pode impactar o equilíbrio contratual, uma vez que parques eólicos costumam gerar na madruga, momento em que o PLD horário se encontra no preço mais baixo (portanto venderiam seu excesso em um momento barato) e não geram energia em horário de pico (precisando comprar energia no momento mais caro)”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL – IE – UFRJ – 22.02.2021)

7.11 Artigo sobre o uso da precificação de carbono e mudanças climáticas

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Gabriel Estevam Domigos, diretor de P&D da Ambipar, e Bianca Ayres, gerente de P&D da Ambipar, tratam sobre como a precificação de carbono vai auxiliar o combate as mudanças climáticas. Segundo os autores “A precificação do carbono é um assunto que vem sendo discutido no mundo nas últimas duas décadas. Cerca de 40 países, principalmente na Europa, já possuem uma legislação específica que determina a taxação de atividades empresariais por emissão de CO2. O intuito é gerenciar a crise climática e alavancar negócios de baixo carbono, haja vista preocupação com o aquecimento global.”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 23.02.2021)

7.12 Artigo de Mauro Iwanow Cianciarullo sobre a importância termelétrica na geração brasileira

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Mauro Iwanow Cianciarullo engenheiro especialista em dutos e setor elétrico, fala sobre a importância da geração termelétrica para a segurança energética brasileira. O autor afirma que “o Brasil é certamente a vanguarda no percentual de utilização de recursos renováveis no mundo e a utilização na base do sistema interligado nacional como garantia deste sistema com estas termelétricas a gás de ciclo combinado potencializa a eficiência energética e reduz a emissão de poluentes não só por equipamentos específicos de controle, mas porque o gás também atende de forma mais ampla que outros combustíveis fósseis os 5 aspectos básicos inicialmente mencionados. Lembrando ainda que a nova legislação do gás em processo de aprovação e incentivos a iniciativa privada em investimentos amplia esta base confiável ao SIN e potencializa um aproveitamento adequado da energia do pré-sal no País.”  Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 23.02.2021)

7.13 Artigo de Paul Krugman: “Por que a desregulamentação do setor de energia nos EUA fracassou”

Em artigo publicado na Folha de São Paulo, Paul Krugman trata do despreparo das autoridades do Texas frente a crise que está ocorrendo. Segundo o autor “o Texas não é o único estado americano com um mercado de eletricidade em geral desregulamentado. Mas levou a desregulamentação mais longe do que qualquer outro lugar. Existe um limite máximo para os preços da eletricidade no atacado, mas ele é estratosfericamente alto. E praticamente não existe regulamentação prudencial – nenhuma exigência de que as empresas de energia mantenham capacidade de reserva ou invistam em coisas como isolamento, a fim de limitar os efeitos de eventos climáticos extremos.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 24.02.2021)

7.14 Artigo de Joisa Dutra: “O Improvável é agora”

Em artigo publicado no Broadcast Energia, Joisa Dutra, diretora do Centro de Regulação em Infraestrutura da Fundação Getulio Vargas (FGV CERI) e membro do Conselho Global do Futuro da Energia do Fórum Econômico Mundial, trata da crise energética no Texas e a necessidade de aprimoramento do setor elétrico. Segundo a autora “essa catástrofe expõe a urgência de se adaptar infraestruturas críticas, visto que eventos climáticos extremos se tornam cada vez mais severos e frequentes. Nesse contexto, promover resiliência requer uma visão integrada dos aspectos técnicos e de engenharia, política e governança.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 24.02.2021)

7.15 Artigo de Cheryl Katz sobre o potencial das baterias no setor elétrico

Em artigo publicado pelo G1, Cheryl Katz comenta sobre o potencial das baterias de tornar o petróleo coisa do passado. A implantação em massa do armazenamento pode superar um dos maiores obstáculos da energia renovável: seu ciclo entre o excesso de oferta quando o sol brilha ou o vento sopra, e a escassez quando o sol se põe ou o vento diminui. Desta forma, a disseminação do armazenamento de energia pode ser fundamental para expandir o alcance das energias renováveis ​​e acelerar a transição para uma rede elétrica livre de carbono. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 24.02.2021)

7.16 Artigo: “O carro elétrico, mais um desafio para a indústria”

Em artigo publicado no Jornal Estado de São Paulo, Celso Ming destaca que o anuncio da General Motors dos EUA de que deixará de vender carros a gasolina ou diesel em 2035 é uma tendência geral. O jornalista acredita que o Brasil, embora tenha a opção do carro a álcool, não pode se fiar inteiramente nele, porque precisa exportar. O artigo analisa alguns limitadores para o desenvolvimento da produção de uma frota elétrica no país e possíveis caminhos para superá-los. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 25.02.2021)

7.17 Artigo: “Como o Brasil pode acelerar a migração para o carro elétrico?”

Em artigo publicado pelo site de notícias Tecmundo, Beto Marcelino, Fundador da iCities Smart Cities Solutions, empresa que desenvolve soluções para a criação de Cidades Inteligentes, lembra que mesmo 2020 tendo sido o melhor ano de vendas de VEs da série histórica iniciada pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) em 2012, a frota elétrica corresponde a apenas 1% do mercado total de veículos no país. Nesse cenário, Marcelino analisa o que o Brasil pode fazer para acelerar a migração para o carro elétrico. Para ele, é essencial uma política nacional de incentivo aos modelos elétricos e, avançando nessa importante frente tributária, é preciso a união das associações e entidades que representam tanto a frota elétrica, quanto a de energias renováveis. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 25.02.2021)

Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Pesquisadores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Rubens Rosental.
Assistentes de pesquisa: Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IECC não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa vinculada ao GESEL do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: iecc@gesel.ie.ufrj.br