IECC: nº 107 - 13 de outubro de 2020

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

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Índice

1 Marco Institucional

1.1 EPE divulga documentos relativos ao Anuário Estatístico de Energia Elétrica

Após a divulgação do Workbook e Fact Sheet, em junho de 2020, a EPE apresenta mais dois produtos relacionados ao Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2020: o Relatório Final e o Anuário Interativo. O Relatório Final apresenta dados da cadeia de energia elétrica do Brasil dos anos de 2015 a 2019, com ênfase neste último (ano-base), coletados e consolidados pela EPE ao longo de 2020. Acesse o documento aqui. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (EPE – 05.10.2020)

1.2 STF invalida novas leis estaduais que tratam de corte de fornecimento de energia

O STF reafirmou a inconstitucionalidade por invasão de competência de mais três leis estaduais que tratam de serviços públicos concedidos. Em julgamento virtual encerrado no dia 2 de outubro, o STF reforçou a jurisprudência sobre a impossibilidade de modificação pelos estados de contratos de concessão de responsabilidade da União ou do município, ao considerar procedentes as ADI 2337 e 3824. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 07.10.2020)

1.3 ACR médio será de R$ 253,50/MWh em 2021

O custo médio da energia e da potência comercializadas pelas distribuidoras no Ambiente de Contratação Regulada em 2021 será de R$ 253,50/MWh. Ele foi fixado pela Superintendência de Gestão Tarifária da Aneel e publicado no DOU desta quarta-feira, 7 de novembro O ACR médio é apurado anualmente pela Aneel com base nos valores considerados no cálculo das tarifas de fornecimento de energia elétrica vigentes das concessionárias de distribuição do SIN. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 07.10.2020)

2 Regulação

2.1 Conta Bandeiras tem repasse de R$ 61,4 mi para distribuidoras credoras

A Aneel confirmou em aproximadamente R$ 61,4 milhões o repasse às concessionárias de distribuição de energia elétrica credoras da Conta Bandeiras referente às operações de agosto de 2020. Conforme o despacho nº 2.824, publicado no dia 2 de outubro, no DOU, os valores serão repassados a 46 distribuidoras até 7 de outubro. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 02.10.2020)

2.2 Aneel fixa em R$ 253,50/MWh valor de energia no Ambiente Regulado

A Aneel decidiu fixar o valor do custo médio da energia e potência comercializadas pelos agentes de distribuição no Ambiente de Contratação Regulada (ACRméd) em R$ 253,50/MWh para o ano de 2021. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Brasil Energia - 07.10.2020)

2.3 Aneel publica relatório Escalada n°12/2020 de fiscalização de geração

A Aneel publicou o relatório “ESCALADA nº 12/2020”, consolidando ação que monitorou e aferiu os dados de um total de 844 empreendimentos em implantação no período de maio/2020 a agosto/2020. Desta vez, os indicadores de entrega do RAPEEL foram publicados em formato de painel interativo, em que é possível visualizar os dados com vários filtros e análises. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Aneel – 06.10.2020)

3 Oferta e Demanda de Energia Elétrica

3.1 PLD sobe em todos os submercados

A CCEE informou que o PLD para o período de 10 a 16 de outubro aumentou em todos os submercados. Para Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, o aumento foi de 7%, passando de R$ 261,89/MWh para R$ 281,34/MWh. Já no Nordeste, o aumento foi de 4% passando de R$ 164,86/MWh para R$ 170,66/MWh. De acordo com a CCEE, o principal fator responsável pelo aumento do PLD no Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte foi a redução da expectativa de afluências para o mês, aliada ao aumento da carga do SIN. Os limites de envio de energia da região Nordeste foram atingidos em todos os patamares, mantendo o descolamento dos preços do Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte. O fator de ajuste do MRE estimado para outubro passou de 70,4% para 69,2%. O Encargo de Serviços do Sistema previsto para o mês está em R$ 102,7 milhões, sendo R$ 6,7 milhões devido a restrições operativas, R$ 77,5 milhões devido a reserva operativa de potência e R$ 18,5 milhão a Unit Commitment. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 09.10.2020)

3.2 EPE Publica Boletim Trimestral de Consumo de Eletricidade

O Boletim Trimestral de Consumo de Eletricidade é o novo relatório da EPE que visa complementar a Resenha Mensal do mercado de energia elétrica. Os principais movimentos trimestrais nas classes de consumo industrial, residencial e comercial são analisados em associação à conjuntura econômica verificada no período, buscando gerar a compreensão da dinâmica do mercado de eletricidade no Brasil e em suas regiões. Clique aqui para acesso ao documento. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (EPE – 02.10.2020)

3.3 Queda no consumo de energia em 2020 no comércio é recorde

O efeito coronavírus no consumo de energia foi mais sentido no comércio do que nos outros setores da economia, de acordo com compilados pela EPE. De janeiro a agosto, a queda no consumo foi de 11,6% ante o mesmo período de 2019. No acumulado de 2020, ou seja, entre janeiro e agosto, a diminuição em todos os setores no consumo de energia foi de 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O consumo residencial correspondeu a 2,5%, o  industrial a - 4,4%, já no setor Comercial: – 11,9% e de Serviços: – 1,9%. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (O Globo - 05.10.2020)

3.4 Apenas 5 setores registram variação positiva ao consumo de energia

A CCEE, ao  analisar o comportamento do consumo por ramo de atividades, expurgados os efeitos de migrações e o crescimento do mercado livre, os segmentos de veículos, serviços e têxteis foram os que apresentaram as quedas mais expressivas nos seis meses de isolamento, frente a igual período em 2019. Apenas 5 setores (alimentício, saneamento, comércio, minerais não-metálicas e telecomunicações) apresentaram variação positiva durante o período de isolamento. Ao se considerar o expurgo do efeito da migração, apenas os ramos de saneamento e alimentícios apresentaram variação positiva. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (CCEE – 05.10.2020)

3.5 Carga do SIN em 30 dias cresce 3,78% na comparação anual

A carga média recente do SIN, nos últimos 30 dias até 04/10, foi 3,78% superior ao período equivalente de 2019, de acordo com o MME. O indicador aumentou de 63.394 MW médios para 65.793 MW médios no mesmo recorte temporal. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Brasil Energia - 08.10.2020)

3.6 CCEE: Consumo de energia aumenta 2,9% em setembro

O consumo de energia elétrica no Brasil durante setembro subiu 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado, mostrando retomada na demanda à medida que ocorre o retorno gradual das atividades econômicas do país, afirma o boletim InfoMercado Quinzenal da CCEE. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 08.10.2020)

3.7 CCEE: Geração de energia cresce entre renováveis

A geração de energia elétrica no Brasil durante setembro no estudo do boletim InfoMercado Quinzenal da CCEE identificou elevação de 3,4% na comparação de setembro com o mesmo mês do ano passado, com destaque para o acréscimo de 16,8% na produção das hidrelétricas, 21,3% nas fotovoltaicas e 11,1% nas eólicas. Já as térmicas registraram queda de 36,2%, com retração generalizada para todos os tipos de insumos, com os bicombustíveis a gás e a óleo liderando em 70,8%, seguido por carvão mineral, com 72,1% e  gás, 56,9%. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 08.10.2020)

4 Biblioteca Virtual

4.1 Artigo GESEL: “O Agravamento do Furto de Energia Elétrica no Brasil”

Em artigo publicado no serviço Broadcast da Agência Estado de São Paulo, Nivalde de Castro (coordenador geral do GESEL), Roberto Brandão (pesquisador sênior do GESEL) e Bianca de Castro (pesquisadora do GESEL), tratam de tema de crescente importância e gravidade para as distribuidoras, em função do agravamento das condições econômicas e sociais que provoca aumento do furto. No Rio de Janeiro, no entanto, o problema é bem mais grave em função da tempestade perfeita - crise do petróleo, Lava jato e pandemia - ampliando o poder do crime organizado, notadamente das milícias, e criando espaços geográficos onde as instituições de Estado não conseguem atuar, muito menos as concessionárias Light e Enel Rio. São as ASRO - Áreas de Severas Restrições Operacionais -, comprometendo não só o equilíbrio financeiro, mas os indicadores de qualidade. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 05.10.2020)  

4.2 Artigo de Adriano Pires (CBIE) sobre investimentos em gás natural

Em artigo publicado pelo Jornal O Estado de São Paulo, Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), fala sobre o aumento da oferta de gás natural e a fraca demanda provocada por baixos investimentos e infraestrutura no setor. O autor afirma que “hoje, a demanda de gás no Brasil é muito pequena e um dos motivos principais sempre foi a presença de um único fornecedor e a consequente falta de infraestrutura. O problema é que os produtores, que também são importadores, querem arbitrar entre a produção nacional de gás associado e o GNL e, com isso, regular a oferta nacional de gás”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 05.10.2020)

4.3 Artigo de Cláudio Sales e Eduardo Monteiro (Instituto Acende Brasil) sobre o papel da MP 998 na modernização do setor elétrico

Em artigo publicado na Editora Brasil Energia, Cláudio Sales (Presidente do Instituto Acende Brasil) e Eduardo Monteiro (Diretor Executivo do Instituto Acende Brasil), tratam sobre o papel da MP 998 na modernização do setor elétrico. Segundo os autores “apenas para se ter uma ideia da amplitude temática, o texto da MP 998 cobre: (a) a destinação de recursos tarifários previstos para alocação em projetos de P&D e Eficiência Energética (EE); (b) a desoneração para consumidores de distribuidoras privatizadas; (c) o fim gradual de descontos dos componentes tarifários de distribuição e transmissão de eletricidade (TUST/TUSD) para fontes incentivadas (eólica, solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas); (c) regras para descontratação e redução de contratos de compra de eletricidade entre usinas e distribuidoras (os “CCEARs”); (d) um mecanismo para contratação de energia e capacidade; e (e) contratação de energia nuclear.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 06.10.2020)

4.4 Artigo de Clauber Leite (Idec) sobre recomposição tarifária extraordinária (RTE) das distribuidoras

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Clauber Leite, coordenador do Programa de Energia e Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), fala sobre a penalização imposta a consumidores acerca do pedido de recomposição tarifária extraordinária (RTE) das distribuidoras de energia elétrica. O autor afirma que, “no que diz respeito aos processos de RTE, o regulador tem de exigir a adequada comprovação de eventuais desequilíbrios dos contratos de concessão. Na análise das informações, é fundamental que se separem os efeitos específicos da pandemia e o que se deve a problemas administrativos das próprias concessionárias ou a alterações naturais do mercado, como as migrações de consumidores ao mercado livre.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 06.10.2020)

4.5 Artigo KPMG sobre inclusão de fatores ESG em empresas de energia e recursos naturais

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Anderson Dutra, sócio líder de Energia e Recursos Naturais da KPMG e Ana Carolina Oliveira, gerente de ESG da KPMG, falam sobre a tendência em investimentos em ativos que envolvem ESG (Environmental, Social and Governance). Os autores afirmam que, “no Brasil, empresas do mercado de energia e recursos naturais como um todo já vinham se adaptando a essas novas práticas, mas ainda possuem um longo caminho a percorrer, sobretudo aquelas ligadas ao setor de óleo e gás. São companhias que apresentam uma particularidade que é o impacto ambiental imediato causado na implantação de uma infraestrutura, mas que em longo prazo pode ser compensado por outras ações junto à sociedade. Como forma de amenizar isso, elas vêm dando prioridade para a utilização de plantas mais tecnológicas e eficientes e realização de diversas medidas para modificar estruturas que comprometem o meio ambiente.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 07.10.2020)

4.6 Artigo de Cristiano Romero sobre a energia disponível para o crescimento do país

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Cristiano Romero, editor-executivo do Valor Econômico, fala sobre o problema da falta de energia que aconteceu em governos passados e a abundância que existe atualmente. O autor explica que “era início de 2001 quando a equipe econômica do governo fora informada de que faltaria energia para sustentar a taxa de crescimento que a economia brasileira vinha exibindo desde o ano anterior.[...] “Os estudos do PNE apontam para um potencial energético de quase 280 bilhões de tep (Tonelada Equivalente de Petróleo) no horizonte até 2050. A demanda de energia cresce de 300 milhões de tep para cerca de 600 milhões de tep e, ao longo de trinta e cinco anos, essa trajetória representa demanda de energia total acumulada equivalente a pouco menos de 15 bilhões de tep”, diz o PNE 2050, elaborado pela EPE.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 07.10.2020)

4.7 Artigo de Faith Birol e Alfonso Blanco: “O setor de energia e a recuperação sustentável na América Latina”

Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, Faith Birol, diretor-executivo da Agência Internacional de Energia, e Alfonso Blanco, secretário-executivo da Organização Latino-Americana de Energia, avaliam as possibilidades que o setor energético, especialmente as energias renováveis, traz para a retomada econômica da América Latina. Segundo os autores, “O setor de energia pode ser um dos motores de uma recuperação sustentável, resiliente e inclusiva nas economias latino-americanas. A região possui alguns dos melhores recursos eólicos e solares do mundo e está começando a aproveitá-los”. Eles concluem que “políticas e investimentos para acelerar a mudança para tecnologias de energia limpas, acessíveis e modernas podem ajudar a gerar empregos de qualidade, ao mesmo tempo em que aumentam a competitividade das economias e a produtividade dos trabalhadores”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 07.10.2020)

4.8 Artigo de Agnes da Costa (MME) sobre os programas de universalização do acesso à eletricidade

Em artigo publicado na Agência CanalEnergia, Agnes da Costa, chefe da Assessoria Especial em Assuntos Regulatórios do MME, fala sobre os programas Luz Para Todos e Mais Luiz para a Amazônia e sua importância na universalização do acesso à energia elétrica no Brasil. Segundo a autora, esses programas “possibilitam que a chegada da energia elétrica diminua a vulnerabilidade social e econômica das comunidades, com melhoria da qualidade de vida e consequente fortalecimento do exercício da cidadania, do bem-estar e da dignidade desses brasileiros”. Ela conclui que “O LpT e o Mais Luz para a Amazônia se configuram assim como claros exemplos de políticas públicas para a implementação ODS 7, no que diz respeito ao acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia elétrica”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 09.10.2020)

Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Pesquisadores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Rubens Rosental.
Assistentes de pesquisa: Sérgio Silva.

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Para contato: iecc@gesel.ie.ufrj.br