IECC: nº 117 - 19 de janeiro de 2021

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

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Índice

1 Marco Institucional

1.1 Governo aprova resolução que incentiva a microgeração distribuída

O presidente Jair Bolsonaro publicou no último dia 28/12/2020 um despacho no Diário Oficial da União dando seu aval para uma resolução que trata de políticas públicas voltadas à microgeração e minigeração distribuída no país. O texto estabelece as diretrizes para que o poder público adote medidas de incentivo a essa modalidade de geração. O texto visa promover o acesso não discriminatório do consumidor de microgeração às redes das distribuidoras para fins de conexão de geração distribuída. Além disso, a nova norma prevê segurança jurídica e regulatória, com prazos para a manutenção dos incentivos dos atuais consumidores que possuem geração distribuída; e alocação dos custos de uso da rede e dos encargos previstos na legislação do Setor Elétrico, considerando os benefícios da micro e mini geração. Por fim, a resolução determina transparência e previsibilidade das políticas públicas para o setor, com definição de agenda e prazos de revisão das regras; e transição gradual destas regras, com estabelecimento de estágios intermediários. (Petronotícias – 28.12.2020)

1.2 EPE publica Programação dos Estudos de Transmissão para o Ano de 2021

​Atendendo ao disposto no § 4º do Art. 3º da Portaria nº 215, de 11 de maio de 2020, a EPE divulga a relação dos estudos previstos de serem realizados sob sua coordenação no ano de 2021, incluindo os respectivos Termos de Referência simplificados (Fichas de Referência). Tal relação, de acordo com a citada Portaria, poderá ser atualizada ao longo do ano, sendo trimestralmente emitidos informes acerca da execução dos estudos programados, em sintonia com as reuniões mensais de acompanhamento entre a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME e a EPE. Acesse a programação aqui. (EPE – 23.12.2020)

1.3 EPE publica estudo "Expansão da Capacidade de Transmissão da Região Norte de Minas Gerais"

Foi finalizado em Outubro de 2020 o relatório R1 "Expansão da Capacidade de Transmissão da Região Norte de Minas Gerais", elaborado pela equipe da Superintendência de Transmissão de Energia (STE) e pela equipe da Superintendência de Meio Ambiente (SMA). O estudo recomenda reforços estruturais que ampliarão a capacidade de transmissão de energia do SIN desde a região Norte de Minas Gerais até os principais centros de carga da região Sudeste. O presente estudo traz ainda uma inovação, que é a consideração da geração distribuída fotovoltaica nas simulações. Este é o primeiro estudo de transmissão realizado na EPE que modela explicitamente esse tipo de fonte, visando garantir a expansão harmonizada da Rede Básica com o sistema de distribuição local de alta tensão considerando os reflexos desse tipo de geração. Acesse o relatório aqui. (EPE – 04.01.2021)

1.4 MME vai lançar programa de modernização de térmicas a carvão

O MME deve publicar duas portarias até a próxima segunda-feira (21), uma delas criando grupo de trabalho para discutir a situação do complexo termelétrico Jorge Lacerda, em Santa Catarina, e a outra lançando um programa de modernização do parque térmico a carvão. O GT terá prazo de 180 dias para analisar todos os aspectos relacionados à atividade carbonífera nos estados da região Sul, o que inclui desde a mineração à geração de energia elétrica. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou durante reunião na Federação das Indústrias de Santa Catarina que o grupo deve apresentar nesse período ações a serem implementadas. Segundo Albuquerque, a “geração a carvão moderna” terá um papel na matriz elétrica nos próximos 30 anos. A fonte foi incluída tanto no PDE quanto no PNE 2050. (Agência CanalEnergia – 18.12.2020)

1.5 MME importação e exportação de energia para mercado de curto prazo

O MME deu aval para a Enel Trading importar e exportar energia da Argentina e do Uruguai, com destinação ao mercado de curto prazo brasileiro em medida que vale até 31 de dezembro de 2022. Conforme a Portaria nº 471, publicada no Diário Oficial da União da última quarta-feira, 30 de dezembro, a operação da Argentina deverá vir das estações conversoras de frequência de Garabi I e II, até 2.200 MW, além da conversora de Uruguaiana, até 50 MW de potência e respectiva energia. Já a energia do Uruguai deverá preceder das conversoras de Rivera, até 70 MW de potência e da estação de Melo, até 500 MW.  (Agência CanalEnergia – 04.01.2021)

1.6 MME aprova 251,8 MW eólicos como prioritários no Nordeste

O MME enquadrou os projetos de implementação das centrais eólicas Canudos I e II e Potiguar B31, B32 e B33 como projetos prioritários na Bahia e no Rio Grande do Norte, somando 251,8 MW de capacidade instalada entre 72 aerogeradores. As decisões foram publicadas no Diário Oficial da União da última quarta-feira, 30 de dezembro, e no portal do MME. Os empreendimentos pertencem à multinacional francesa Voltalia e tem previsão de conclusão para janeiro de 2022 e para março de 2021 no caso das EOLs Potiguar. Com a medida, os projetos poderão emitir debêntures de infraestrutura, com incentivos aos investidores. (Agência CanalEnergia – 04.01.2021)

1.7 Ibama lança guia de avaliação de impacto para licenciamento de LTs

O Ibama está lançando o “Guia de Avaliação de Impacto AmbientalT (AIA) – Relação causal de Referência de Sistema de Transmissão de Energia”. A publicação faz parte do projeto Guia de AIA, que tem por objetivo melhorar e fortalecer o Licenciamento Ambiental Federal, por meio de documentos que orientem sobre as etapas de AIA. No Brasil, a AIA está associada ao licenciamento ambiental servindo como aparato técnico para subsidiar a tomada de decisão do órgão licenciador quanto à viabilidade ambiental do projeto. De acordo com o Ibama, o aprimoramento dos procedimentos de AIA tem sido priorizado, para aumentar a previsibilidade e segurança técnica nas análises e decisões; aperfeiçoar os termos de referência e, por conseguinte, aumentar a qualidade dos estudos ambientais, bem como otimizar a utilização dos recursos. (Agência CanalEnergia – 05.01.2021)

1.8 CCEE finaliza repasse de R$ 14,8 bilhões da Conta COVID para distribuidoras

A CCEE finalizou nesta terça-feira (12) o último repasse da Conta COVID para as distribuidoras impactadas pelo cenário de isolamento social. A parcela, de R$ 184,3 milhões, considera os valores dos termos de adesão para o período e os montantes remanescentes das transferências anteriores. O pagamento ocorreu conforme informações publicadas no Despacho nº 46/2021, da Aneel. Ao todo, a CCEE repassou R$ 14,8 bilhões dos valores contratados pelas companhias que aderiram à medida. Das 61 concessionárias e permissionárias de distribuição participantes, apenas as Equatorial Energia e a Companhia Sul Sergipana de Eletricidade (Sulgipe) não receberem integralmente os recursos solicitados da Conta COVID. (CCEE – 12.01.2021)

2 Regulação

2.1 Aneel: conta de luz fica com bandeira amarela em janeiro

A bandeira utilizada como referência para as contas de luz será amarela em janeiro deste 2021. A definição foi tomada pela Aneel. Com isso, o preço da energia fica em R$ 1,34 para cada 100 KWh. O valor é menor do que o estabelecido para o mês passado, quando foi ativada a bandeira vermelha, com preço de R$ 6,2 para cada 100 KWh. O sistema de bandeiras é utilizado para gerir o valor cobrado aos consumidores a partir das condições de geração de energia. Na mudança para a bandeira amarela, a Agência informou ter identificado melhoria no cenário de produção hidrelétrica com elevação das vazões dos afluentes dos principais reservatórios. (Valor Econômico – 01.01.2021)

2.2 Aneel exclui produto SPR na repactuação do risco hidrológico

A diretoria da Aneel aprovou a exclusão do produto SPR das opções de repactuação do risco hidrológico no Ambiente de Contratação Regulada, após concluir que ele gera uma precificação inadequada do prêmio a ser pago pelo gerador, em troca da transferência do risco ao consumidor. Segundo a Aneel, foram identificadas distorções de preços do SPR100 em relação à classe de produtos SP100. Em ambos os casos, o gerador faz a transferência integral do risco para o consumidor. No SPR, no entanto, o prêmio de risco acaba sendo menor, pelas próprias regras de atualização dos valores estabelecidas na Resolução Normativa 684. O SPR também transfere para o consumidor o risco adicional de redução da garantia física do empreendimento, que pode chegar a 10% da energia disponível para contratação. (Agência CanalEnergia – 21.12.2020)

2.3 Agência divulga calendário de acionamento das bandeiras tarifárias para 2021

Já está disponível no site da ANEEL o calendário previsto de divulgação das bandeiras tarifárias para o ano de 2021. A próxima bandeira a ser conhecida é a do mês de fevereiro que será divulgada em 29/1/2021. Até lá, a bandeira tarifária vigente é amarela (Jan/2021), com acréscimo de R$1,343 a cada 100 kWh consumido. Criado pela ANEEL, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando ao consumidor reagir a essa sinalização com o uso consciente da energia elétrica, evitando desperdícios. Além disso, esse custo é pago de imediato nas faturas de energia, o que desonera o consumidor do pagamento de juros da taxa Selic sobre o custo da energia nos processos tarifários de reajuste e revisão tarifária. (Aneel – 06.01.2021)

3 Empresas

3.1 Eletrobras: Plano de negócios prevê investimentos de R$ 41,1 bi de 2021 a 2025

O conselho de administração da Eletrobras aprovou o Plano Diretor de Negócios e Gestão para o período entre 2021 e 2025. O documento projeta investimentos de R$ 41,1 bilhões no período. Por ano, a companhia projeta investimentos de R$ 8,2 bilhões em 2021; R$ 10,1 bilhões em 2022; R$ 9,2 bilhões em 2023; R$ 8 bilhões em 2024; e R$ 5,6 bilhões em 2025. A principal frente de investimentos é em Angra 3, com desembolsos de aproximadamente R$ 15,3 bilhões. Em geração corporativa, o investimento previsto é de R$ 10,8 bilhões, e em transmissão a previsão é de R$ 10 bilhões. O montante remanescente é voltado para as áreas de infraestrutura, ambiental e nas sociedades de propósito específico (SPEs). (Valor Econômico – 23.12.2020)

3.2 ‘Disciplina de capital’ pautou participação da Eletrobras em leilão

A Eletrobras voltou a participar de leilões de projetos de transmissão de energia disputando cinco dos onze lotes ofertados, mas não saiu vencedora nos lances devido à sua “disciplina de capital”, disse o presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior, em nota na sexta-feira dia 18 de dezembro. “Avaliamos como positiva nossa participação em cinco lotes… Temos a certeza de que venceu a disciplina de capital, respeitando o custo do capital próprio da companhia”, observou o presidente da Eletrobras. (O Estado de São Paulo - 18.12.2020)

3.3 Eletrobras aprova renegociação de dívidas da Amazonas Energia

O Conselho de Administração da Eletrobras aprovou na sexta-feira dia 18/12 a renegociação de uma dívida de 4,03 bilhões de reais que a distribuidora privada Amazonas Energia possui junto à empresa, informou a estatal em fato relevante. Segundo o comunicado, o montante será dividido em três contratos com início de amortização em 30 de dezembro de 2023, prazo de 120 meses e taxa de CDI + 3%, com saldos a vencer de 1,9 bilhão, 1,05 bilhão e 483 mil reais, respectivamente. Haverá também quatro contratos com início de amortização em 30 de dezembro de 2021, prazo de 24 meses e taxa de CDI + 3%, com respectivos valores de 202 mil, 139,4 mil, 44,6 mil e 183 mil reais. Em garantia da dívida, a Amazonas Energia cederá à Eletrobras um ativo no valor total de 723,1 milhões de reais. (Reuters – 18.12.2020)

3.4 Maia parou a privatização da Eletrobras, afirma Mac Cord

O Secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, relacionou o andamento do processo de privatização da Eletrobras com a eleição do próximo presidente da Câmara dos Deputados. Em webinário realizado pelo site Jota nesta terça-feira, 12 de janeiro, Mac Cord culpou o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ) pela estagnação do projeto de lei que permite a operação, apresentado ainda em 2019. Segundo Mac Cord, o presidente da Câmara sequer designou o relator do PL por ter acordos com forças políticas que não querem a venda da estatal. Para o secretário, a privatização da elétrica é ‘fácil, mas é difícil’. Ele explica que é fácil, por já ser uma companhia de capital aberto e difícil em decorrência do componente político do processo. Segundo ele, caso o próximo presidente da Câmara esteja comprometido com o país,  já designaria o relator e o presidente da comissão do PL.“Vamos trabalhar para ressuscitar o projeto no dia 2 de fevereiro”, avisa. Em caso de êxito na escolha do novo ocupante da casa, Mac Cord acredita que até o fim do ano o processo pode ser realizado. (Agência CanalEnergia – 12.01.2021)

4 Oferta e Demanda de Energia Elétrica

4.1 PLD horário da segunda semana aumenta para R$ 306 na média

O PLD horário na terceira semana operativa de janeiro, que termina nesta sexta-feira, 15 de janeiro, apresentou um valor médio de R$ 306,11/MWh em todo o país ao longo dos sete dias. Esse valor é 2,9% maior que o apurado pelo levantamento da Agência Canalenergia feito na semana passada, quando foi de R$ 297,43/MWh à exceção do Nordeste, nesse caso o aumento foi de 4,9% ante os R$ 291,83 do período anterior. A maior média diária foi registrada na quarta-feira, 13 de janeiro, com R$ 328,37/MWh, mesmo dia em que foi verificada a maior variação no intraday com 18,82%, resultado dos valores mais elevados em R$ 353,50 e o menor de R$ 297,50/MWh. Aliás, o pico semanal foi esse valor mais elevado ocorrido neste dia às 0h. Já o menor foi de R$ 269,76 no domingo às 8h. A menor variação em 24 horas ocorreu no último sábado, 9 de janeiro com diferença entre o maior e o menor preço em 7,57%. Além do sábado, a segunda-feira apresentou diferença de preços menor que 10%, os demais dias ficaram acima desse indicador, sendo 11,35% no domingo, 12,34% na terça, os 18,84% ja citados, 12,97% na quinta e de 10,97% nesta sexta-feira. (Agência CanalEnergia – 15.01.2021)

4.2 Ministro descarta risco de desabastecimento de energia

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, garantiu em entrevista à Tv Senado que não há risco de desabastecimento de energia elétrica no país em consequência da redução drástica dos níveis dos reservatórios a partir de outubro desse ano. Albuquerque lembrou que a geração termelétrica foi ampliada para abastecer o sistema e preservar a água das hidrelétricas, e esse processo será adequado com o retorno das chuvas. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico terá nova reunião extraordinária no fim da tarde desta sexta-feira, 18 de dezembro, para reavaliar as condições de atendimento ao Sistema Interligado, anunciou o ministro. Essas reuniões tem sido frequentes nos últimos dois meses, desde que o sistema passou a operar com térmicas a plena carga, sem observar a ordem de custo, e com energia importada da Argentina e do Uruguai. (Agência CanalEnergia – 18.12.2020)

4.3 ONS: 2021 inicia com recuperação de reservatórios no Sudeste

A primeira versão do PMO para 2021 aponta que as vazões deverão retornar a um nível mais próximo da média histórica no maior submercado do país, o Sudeste/Centro-Oeste, a projeção inicial do ONS é de que a energia natural afluente fique em 87% da média histórica. No Sul esse indicador é mais elevado ainda, 90%. No Norte a previsão é de 68% e no Nordeste de 54% da média de longo termo. Como informado no primeiro dia da reunião do PMO, a carga deverá apresentar crescimento ante 2020. A estimativa é de crescimento de 3,3%, resultado da previsão de aumento de 3,9% no SE/CO, de 6,4% no Norte, 3,7% no NE e de queda de 0,2% no Sul. (Agência CanalEnergia – 23.12.2020)

4.4 ONS: possível mudança em vazão de Belo Monte preocupa e exigiria mais térmicas

Uma eventual mudança a partir de 2021 na vazão da hidrelétrica de Belo Monte, em avaliação no Ibama por questões ambientais, tem sido motivo de grande preocupação para o ONS, que gerencia o acionamento de usinas e linhas de transmissão para atendimento à demanda por energia. O diretor-geral do órgão, Luiz Carlos Ciocchi, disse à Reuters que a medida --que se aprovada liberaria mais água para um trecho do rio Xingu e reduziria a geração da usina-- seria inadequada em um momento de chuvas fracas, em que o Brasil já tem recorrido intensamente ao uso de termelétricas. “Já mostramos ao MME a criticidade disso, mas esperamos bom senso, já que é uma usina muito importante para o sistema”, adicionou. (Reuters – 21.12.2020)

4.5 EPE: Consumo teve queda de 1,8% em novembro

O consumo de energia elétrica no Brasil atingiu 40.986 GWh no mês de novembro de 2020, redução de 1,8% em relação ao mesmo período de 2019. Essa foi a primeira queda na demanda total desde agosto, puxada pelas classes comercial e outras, em especial nas regiões Sudeste e Nordeste, informa a resenha mensal da EPE. No acumulado do ano soma-se 473.062 GWh, demonstrando uma variação negativa de 1,6% e revertendo pela primeira vez desde agosto a tendência observada de atenuação das reduções. Com 3,6%, a indústria apresentou o maior consumo no mês desde 2014, seguindo em expansão pelo quarto mês consecutivo em todas as regiões do país, com destaque para Sul, com 6,1% e Sudeste, 3,5%. Novamente os segmentos metalúrgico e fabricação de produtos minerais não metálicos foram os responsáveis pelos maiores incrementos no consumo, seguidos pelo segmento de produtos químicos. (Agência CanalEnergia – 04.01.2021)

4.6 ONS projeta carga 2,4% mais elevada em janeiro

A nova previsão de carga no SIN para janeiro é de crescimento de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse índice é quase o mesmo do divulgado na semana passada pelo ONS, a variação foi de 0,1 ponto porcentual a menos. Segundo a segunda revisão semanal do PMO a carga deverá ser de 72.338 MW médios, resultado de uma elevação de 2,6% no Sudeste/Centro-Oeste, de 3% no Nordeste, 6,2% no Norte e queda de 0,4% no Sul. Um dos destaques é a elevação do CMO médio estimado, passou da casa de R$ 280 para R$ 361,74/MWh em todos os submercados. Na estimativa da carga pesada está em R$ 367,07/MWh, na média em R$ 365,18/MWh e na leve R$ 357,22. O aumento foi de quase 30%. (Agência CanalEnergia – 08.01.2021)  

4.7 13 dos 16 municípios do Amapá voltam a registrar falta de energia

Pelo menos 13 dos 16 municípios amapaenses, incluindo Macapá, registraram falta de energia às 16h desta quarta-feira (13), segundo a CEA, que é a distribuidora de energia. O novo apagão acontece dois meses após a crise energética que atingiu o estado em novembro de 2020. Por volta das 20h, segundo a CEA, a distribuição já estava normalizada tanto na capital quanto no interior. A LMTE, empresa que administra a principal subestação do estado, declarou que sofreu uma "ocorrência na linha de transmissão de Laranjal à Macapá" e que "a questão já foi resolvida". A concessionária informa ainda que "disponibilizou as linhas de transmissão instantaneamente (em um minuto)" e que os equipamentos funcionam sem intercorrências. (G1 – 13.01.2021)

5 Inovação

5.1 Irena: Hidrogênio verde pode ser competitivo até 2030

O hidrogênio produzido com eletricidade renovável pode competir em custos com alternativas de combustíveis fósseis até 2030. Essa é a conclusão de um relatório da Irena. Intitulado Redução do custo do hidrogênio verde: ampliando os eletrolisadores para atender à meta climática de 1,5 C (acesse aqui, em inglês) a publicação analisa os impulsionadores da inovação e apresenta estratégias que os governos podem examinar para reduzir o custo dos eletrolisadores em 40% no curto prazo e em até 80% no longo prazo. De acordo com a entidade, uma combinação de custos decrescentes para energia solar e eólica, melhor desempenho, bem como economias de escala para eletrolisadores podem tornar essa equação viável. Entre as aplições, relaciona o desempenho de um papel crítico nas estratégias de descarbonização, especialmente quando a eletrificação direta é um desafio em setores mais difíceis, como aço, produtos químicos, transporte de longa distância, navegação e aviação. Contudo, destaca ainda que regulamentações, o desenho do mercado e os custos de produção de energia e eletrolisador ainda são uma grande barreira para a absorção do hidrogênio verde. (Agência CanalEnergia – 21.12.2020)

6 Biblioteca Virtual

6.1 Artigo GESEL: “Transição Energética e a Estratégia de Cooperação UE – China”

União Europeia e China assinaram estratégico Acordo de Investimento que vai viabilizar maior integração entre estas duas potencias econômicas. Professor Vitor Santos, ex-diretor geral da ERSE - agência reguladora de energia de Portugal, e pesquisador do Gesel-UFRJ analisa os reflexos diretos e indiretos do Acordo de Investimentos sobre o setor de energia, em artigo publicado pelo Canal Energia. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 07.01.2021)

6.2 Artigo GESEL: “Como explicar os resultados dos leilões de transmissão?”

Em artigo publicado no Broadcast da Agência Estado de São Paulo, Nivalde Castro (coordenador do GESEL) e Sidnei Martini (Professor da Escola Politécnica da USP e pesquisador associado do GESEL-UFRJ) analisam os leilões de linhas de transmissão. Segundo os autores, “os elevados deságios verificados no leilão de transmissão de dezembro de 2020 (...) demonstram claramente o aproveitamento das margens e das condições de oferta dos proponentes na aceitação de significativos deságios”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 11.01.2021)

6.3 Artigo de Luiz Piauhylino, da Sunlution: “Brasil tem a energia da virada”

Em artigo publicado na Editora Brasil Energia, Luiz Piauhylino Filho, sócio-diretor da Sunlution, fala sobre o futuro do setor elétrico, o papel que o Brasil pode ocupar neste novo paradigma e nos desafios que o país tem de superar para aproveitar seu potencial, com destaque às usinas de geração híbridas. Segundo o autor, “o mundo viu nos investimentos em geração limpa um modo sustentável de lutar contra o desemprego e equilibrar a equação da economia”. Ele conclui que “a combinação hidrelétrica e painéis flutuantes permite aumentar a garantia física das usinas como também a produção de hidrogênio verde. Com uma equação dessas, para o Brasil, a chance de ocupar posição de destaque no mercado mundial é esta. Mesmo sendo questão de tempo – a nova economia mundial exigirá energia limpa –, o Brasil precisa virar o jogo”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 05.01.2021)

6.4 Artigo de Danilo Barbosa (Way2) sobre Criptomoeda da Eficiência Energética

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Danilo Barbosa, diretor de Marketing e Produtos da Way2, fala sobre o lançamento de criptomoedas como forma de crowdfunding e sua implicação na eficiência energética. O autor afirma que “a operação viabilizou a primeira etapa de crowdfunding da Efforce, cuja promessa é nada menos do que revolucionar o mundo da Eficiência Energética. Eles querem democratizar o acesso a investimentos em equipamentos e processos para a redução do consumo de energia.” Concluindo que, “Os desafios são enormes e as incertezas também. O fato da primeira emissão de moedas WOZX ter sido bem sucedida significa que a Efforce está capitalizada para a próxima fase. Contar com um dos fundadores da Apple eleva bastante as expectativas. É exatamente por isto que o projeto pode tornar-se o maior exemplo de que o crowdfunding por criptomoedas veio para ficar.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 06.01.2021)

6.5 Artigo de Octávio Brasil (CAS Tecnologia) sobre automação inteligente nas concessionárias de energia

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Octávio Brasil, gerente de marketing da CAS Tecnologia, fala sobre o sistema de telemetria inteligente implementado pelas distribuidoras. O autor afirma que “com sistemas de automatização de tarefas repetitivas, não só se aumenta a assertividade como também permite-se que os analistas de medição se dediquem a atividades mais importantes, preventivas e corretivas, que garantem a melhoria contínua do fornecimento. “Concluindo que, “à medida que o país segue essa tendência de modernização, em breve será possível a participação de pequenos consumidores no mercado livre de energia, o que possibilita inclusão até de consumidores residenciais, como ocorre em outros países.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 06.01.2021)

6.6 Artigo de Julio Martins (Schneider Electric) sobre tecnologias de monitoramento de Média Tensão

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Julio Martins vice-presidente de Power Systems da Schneider Electric, fala sobre a nova tendência tecnológica de monitoramento de Média Tensão. O autor afirma que “com a transformação digital dos sistemas de MT, há a eliminação dos “ativos escuros”, o que significa proporcionar às equipes de operação de uma empresa um novo nível de visibilidade para o interior de seus bens numa base regular. Isso ajudará as companhias a manterem-se informadas sobre as condições do equipamento, para que a identificação dos problemas aconteça de forma mais ágil.”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 06.01.2021)

6.7 Artigo de Zilmar de Souza (Única) sobre o setor sucroenergético em 2020 e 2021

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da UNICA (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), fala sobre o panorama do setor sucroenergético em 2020 e a agenda para 2021. O autor afirma que “a geração de bioeletricidade a partir da cana-de-açúcar para o Sistema Interligado Nacional (SIN) deve chegar a aproximadamente 23 mil GWh em 2020, apresentando um crescimento em torno de 1% em relação a 2019.” Concluindo que, “Permanecemos aproveitando pouco mais de 10% do potencial de bioeletricidade, uma geração estratégica, renovável e sustentável para o SIN. Precisamos continuar focados em implementar um planejamento setorial mais estruturante e integrado para os produtos da cana na matriz de energia do país (etanol, bioeletricidade e biogás).” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 06.01.2021)

6.8 Artigo de Wagner Victer (CNPE) sobre política pública para o gás natural

Em artigo publicado pela Agência Brasil Energia, Wagner Victer, ex-Secretário de Estado de Energia, Indústria Naval e do Petróleo e ex-Conselheiro do CNPE fala sobre a preocupação em tornar políticas públicas para o gás natural cabo de guerra entre diferentes visões. O autor afirma que “nessa nova Lei do Gás em discussão vimos uma desconsideração e até mesmo uma demonização do princípio constitucional que trata da competência dos Estados na distribuição do gás canalizado através de dutos. Da mesma forma, assistimos grandes consumidores querendo executar o princípio do by-pass, estranhamente até já permitido por agências reguladoras de alguns Estados, como se a atividade de um grande cliente estivesse desconectada de um todo do sistema de distribuição, e como se o processo de inserção do gás natural no Brasil fosse meramente para atender grandes consumidores de geração distribuída por cogeração, industrial, residencial e até de GNV, desconsiderando os médios e pequenos.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 06.01.2021)

6.9 Artigo de Luciana Collet (Estadão): MEZ Energia aposta em verticalização para garantir retorno

Em artigo publicado no Broadcast do jornal O Estado de São Paulo, Luciana Collet fala sobre as estratégias da MEZ Energia para garantir o retorno das operações. Segundo a autora, “com um apetite voraz, a MEZ Energia surpreendeu o mercado elétrico nesta quinta-feira, arrematando cinco dos 11 lotes de transmissão leiloados. Queria mais dois. A empresa ofereceu deságios agressivos, de 60% e 70%, na maior parte dos projetos conquistados, e superou operadores tradicionais do setor”. Ela conclui que “a  disposição demonstrada em adquirir até sete dos lotes ofertados fazia parte da estratégia do grupo de "ganhar massa", tendo em vista a estrutura já estabelecida e a oportunidade mais atraente observada hoje do que a vislumbrada no futuro próximo”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 08.01.2021)

6.10 Editorial sobre a competitividade do leilão de transmissão

Em editorial publicado no O Estado de São Paulo, no dia 19 de dezembro de 2020, trata sobre a competitividade que foi observada no leilão de transmissão 001/2020, realizado em dezembro. Segundo o editorial “A média de 13,5 ofertas por lote mostra a atratividade do leilão de empreendimentos de transmissão de energia realizado na quinta-feira passada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Um dos lotes teve 19 ofertantes. O deságio médio de 55,24%, o terceiro maior entre todos os leilões já realizados e alcançado num cenário fortemente marcado pelo impacto da pandemia sobre a atividade econômica e a vida das pessoas, mostra, de sua parte, o forte interesse nos empreendimentos e de até quanto os ofertantes estavam dispostos a abrir mão para vencer a disputa.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 05.01.2021)

6.11 Artigo de Adriano Pires (CBIE) sobre as mudanças desencadeadas pela pandemia

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), fala com cautela sobre as mudanças desencadeadas pela pandemia de COVID-19 em diferentes âmbitos, e defende que estas serão mais lentas e graduais do que o imaginado. Segundo o autor, “decretar o fim do consumo do petróleo é bonito e sensual na tal agenda verde. Porém, com a retomada da economia, vamos, com toda certeza, presenciar o crescimento do consumo do petróleo, do gás natural e mesmo do carvão”.  Ele conclui que “o mundo sai mais pobre desta pandemia e vai precisar de energia abundante e barata, como são as fósseis, para dar garantia de abastecimento sustentando o crescimento econômico e aumentando o nível de emprego e de renda”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 11.01.2021)

6.12 Artigo de Ieda Gomes sobre perspectivas para o Gás Natural no Brasil em 2021

Em artigo publicado pela Agência Brasil Energia, Ieda Gomes, consultora independente e membro do conselho de administração de empresas internacionais de energia, infraestrutura e certificação, fala sobre perspectivas para o Mercado de Gás no Brasil para 2021. A autora afirma que “o mercado de gás no Brasil não está desconectado do mercado internacional, em particular no que tange à competição por investimentos, sendo, portanto, imprescindível acelerar o desenvolvimento do setor antes de 2030. A década de 2020-2030 é um período crucial para implantação de programas de monetização e de infraestruturas de gás natural, viabilizando um ciclo econômico de 20 anos, antes do atingimento das metas internacionais de neutralidade de emissões de carbono”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 11.01.2021)

6.13 EDITORIAL do Valor Econômico: “Reação da economia depende da energia”

O editorial publicado no Valor Econômico, tem como assunto a dependência entre a economia e o setor elétrico brasileiro. Segundo o jornal “assim como em outros setores da economia, a pandemia do novo coronavírus freou diversos aperfeiçoamentos legais e técnicos e planos de investimento que estavam em curso na energia. Houve forte volatilidade de preços. Com a interrupção quase total das atividades verificada de início, no período de isolamento social, a demanda por energia caiu e os preços mergulharam.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 13.01.2021)

Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Pesquisadores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Rubens Rosental.
Assistentes de pesquisa: Sérgio Silva.

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Para contato: iecc@gesel.ie.ufrj.br