IECC: nº 112 - 17 de novembro de 2020

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

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Índice

1 Marco Institucional

1.1 Custo de operação aumenta e passa de R$ 600/MWh em quase todo o país

A primeira revisão semanal do PMO de novembro apresentou uma elevação mais expressiva no custo marginal de operação. Em quase todo o país o valor ficou na média em R$ 630,47/MWh e apenas no Nordeste continua descolado em um nível bem mais baixo, de R$ 197,08/MWh. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 06.11.2020)

1.2 EPE lança painel interativo de energia

A EPE divulgou no dia 6/11 o Balanço Energético Nacional (BEN) Interativo, uma ferramenta de visualização e análise de dados que permite ao usuário acessar, na íntegra, as séries históricas de energia nos moldes das versões anuais publicadas no BEN. A EPE publicou, em seu canal do Youtube, um tutorial sobre a ferramenta, que pode ser acessada diretamente por este link. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Brasil Energia  - 10.11.2020)

1.3 CCEE: mercado de energia tem R$ 9,6 bi em aberto relacionados a liminares contra o GSF

A liquidação financeira do MCP referente a setembro de 2020 movimentou R$ 673 milhões, dos R$ 10,3 bilhões contabilizados. Do valor em aberto, R$ 9,6 bilhões estão relacionados a liminares contra o GSF no mercado livre e R$ 1,2 milhão a parcelamentos. A operação foi finalizada em 10/11 pela CCEE. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (CCEE – 10.11.2020)

1.4 Conta COVID: quinto repasse libera R$ 242,9 mi para distribuidoras

A CCEE realizou na última quinta-feira (12) o quinto repasse do empréstimo da Conta COVID para as distribuidoras impactadas pelo cenário de isolamento social. A parcela, de R$ 242,9 milhões, considera os valores dos termos de adesão para o período e os montantes remanescentes das transferências anteriores. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (CCEE – 12.11.2020)

2 Regulação

2.1 Aneel fixa valores da Conta Covid

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fixou os valores dos recursos da Conta Covid a serem repassados às concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica, até 12 de novembro de 2020, nas contas correntes vinculadas ao repasse de Modicidade Tarifária da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Diário Oficial - 12.11.2020)

2.2 Aneel fixa valores da CDE e do Proinfa

A Aneel fixou os valores das quotas referentes ao encargo da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), para setembro de 2020 e os valores das quotas de custeio referentes ao Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), para janeiro de 2021. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Diário Oficial - 13.11.2020)

3 Oferta e Demanda de Energia Elétrica

3.1 PLD na terceira semana de novembro cai no Sudeste/Centro-Oeste, Norte e Sul

A CCEE informa que o PLD para o período de 14 a 20 de novembro teve queda de 15% nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, saindo de teto regulatório de R$ 559,75/MWh para R$ 476,59/MWh. Já o submercado Nordeste apresentou alta de 41%, saindo de R$ 196,76/MWh para R$ 276,71/MWh. O principal fator responsável pela diminuição do PLD foi devido ao aumento na expectativa das afluências nas regiões Sudeste e Sul, aliado com a diminuição da carga do SIN para a próxima semana. Os limites de envio de energia da região Nordeste foram atingidos em todos os patamares, mantendo o descolamento dos preços deste submercado em relação aos demais. A expectativa para a próxima semana operativa é de que a carga para o SIN fique cerca de 700 MW médios mais baixa do que a previsão anterior, com reduções no Sudeste/Centro-Oeste (-406 MW médios), no Nordeste (-119 MW médios) e no Norte (-175 MW médios). Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (CCEE – 13.11.2020)

3.2 Consumo de energia avança 1,4% em outubro

O consumo de energia em outubro avançou 1,4% na comparação com o mesmo mês em 2019, ao alcançar 65.954 MW médios, de acordo com dados preliminares divulgados pela CCEE. No mercado regulado, a queda foi de 1% na comparação anual, para 44.842 MW médios. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Brasil Energia - 09.11.2020)

3.3 ONS: níveis de reservatórios previstos para novembro estão abaixo da média histórica

O volume de água que chega aos reservatórios de hidrelétricas em novembro deve ficar abaixo da média histórica em todos os subsistemas, aponta o boletim do PMO do ONS. O operador lembrou que a região Sul enfrenta a pior seca de uma série histórica de 81 anos. O boletim também aponta um aumento de 71,3% no CMO do SIN para a semana de 7 de novembro a 13 de novembro. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Valor Econômico – 06.11.2020)

3.4 ONS reduz projeção de demanda por energia no mês, mas custo de operação dispara

A carga de energia do sistema elétrico interligado do Brasil deve avançar 1% em novembro na comparação com mesmo período do ano passado, projetou nesta sexta-feira o ONS, que reduziu estimativa anterior de alta de 2,7%. Apesar do menor consumo esperado, o custo para atender à demanda deve disparar em quase todo o país devido ao acionamento de termelétricas mais caras. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Reuters – 06.11.2020)

3.5 Apagão: ministro admite falha no planejamento no Amapá

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, admitiu que há falha no planejamento para a interligação do Amapá no sistema elétrico nacional. Ele disse que todas as causas estão sendo apuradas, bem como a necessidade de correção no planejamento, que será feita “para que isso não mais se repita”. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Brasil Energia  - 10.11.2020)

3.6 Carga do SIN em 30 dias diminui 1,28%

A carga média recente do Sistema Interligado Nacional (SIN), nos últimos 30 dias até 8/11, foi 1,28% inferior a período equivalente de 2019, de acordo com o MME. A demanda caiu de 65.546 MW médios para 64.708 MW médios, no mesmo recorte temporal. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Brasil Energia - 11.11.2020)

3.7 Repasse de R$ 21,5 mi para apoio ao Amapá

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, repassará R$ 21,5 milhões para apoiar o Amapá no enfrentamento ao apagão que atinge o estado após incêndio em uma subestação de energia na capital Macapá, possivelmente causada por uma tempestade de raios. Os recursos serão utilizados para locação de mais de 60 geradores e aquisição de combustível para os equipamentos, por um período de 45 dias. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Brasil Energia - 12.11.2020)

4 Biblioteca Virtual

4.1 Artigo GESEL: “Lições a aprender com o acidente do Amapá”

Em artigo publicado pelo Broadcast da Agência Estado de São Paulo, Nivalde de Castro (coordenador geral do GESEL), Roberto Brandão (pesquisador sênior do GESEL) e Bianca Castro (pesquisadora plena do GESEL-UFRJ) abordam a interrupção de fornecimento de energia elétrica no Amapá. Segundo os autores, “trata-se de uma situação análoga a um acidente de avião, cuja caixa preta serve de base e fundamentação da compreensão da ocorrência, para correção futuras e eventuais medidas de punição. Neste sentido, implica afirmar que o setor elétrico irá tirar lições deste acidente e tornar as regras de segurança mais rígidas, especialmente para concessões que atuam em mercados que se situem nas bordas do Sistema Interligado, onde não há como remanejar fluxos de energia elétrica de outras subestações”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 13.11.2020)

4.2 Artigo de Adriana Fernandes: “A indiferença com o apagão no Amapá”

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, a repórter especial de economia Adriana Fernandes fala de como o apagão no Amapá foi tratado pelo restante do país. Segundo a autora, “a gravidade do problema, em meio à pandemia do coronavírus, se choca com a indiferença do resto do País com o drama vivido pelos amapaenses”. Ela conclui que “se o apagão fosse em qualquer outro lugar do “sul” do Brasil, estaríamos vivendo um quadro de comoção nacional. Mas o Amapá está sendo tratado como periferia e o Brasil está de costas para ela”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 09.11.2020)

4.3 Artigo de Andreas Göhringer (Gemü) sobre investimentos em biogás

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Andreas Göhringer, CEO da GEMÜ Válvulas, Sistemas de Medição e Controle no Brasil, fala sobre novas tecnologias em destaque para exploração mais robusta do biogás. O autor afirma, “Para seu funcionamento, destacam-se equipamentos como a válvula borboleta, com possíveis usos para a válvula diafragma também. É importante destacar que esse maquinário já tem uso comprovado em estufas de países com avançado uso do biogás, como a Alemanha. Nessas localidades, todo o processo químico de decomposição de dejetos, geração do biogás e tratamento, limpeza, pressurização e subsequente distribuição dessa energia requerem equipamentos afinados com as necessidades específicas.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL – IE – UFRJ – 09.11.2020)

4.4 Artigo Abren sobre usinas WTE e políticas para resíduos sólidos urbanos

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Yuri Schmitke A. Belchior Tisi, Antonio Bolognesi e Flavio Matos integrantes da Abren, falam sobre usina waste-to-energy e o plano de resíduo sólidos urbanos. Os autores afirmam, “Empreendimentos de recuperação energética dispõem de duas principais fontes de receitas: venda de energia e tratamento de RSU. Considerando-se a baixa flexibilidade dos municípios para aumento do custo de destinação final de seus resíduos, tendo em vista a necessidade de investimentos sociais de grande porte em todo País, resta como opção a criação do mercado de novas fontes de energia provenientes do tratamento de resíduos sólidos urbanos.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL – IE – UFRJ – 09.11.2020)

4.5 Artigo de Amilcar Guerreiro (Cepel): “Para que não haja novos blecautes”

Em artigo publicado no jornal O Globo, Amilcar Guerreiro, diretor geral da Cepel, fala de como o segmento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) pode contribuir para a confiabilidade do setor elétrico. Segundo o autor, “é preciso se preparar para o futuro. Se os sinistros não são totalmente evitáveis, seus efeitos podem e devem ser minimizados”. Ele conclui “hoje, por exemplo, sistemas desenvolvidos pelo Cepel atuam no acompanhamento de parâmetros associados ao desempenho de mais de 2.300 transformadores de potência”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 11.11.2020)

4.6 Artigo de Fábio Couto, editor da Brasil Energia: “Crise do Amapá esfria privatização da Eletrobras (mas a política é como uma nuvem)”

Em análise, FábioCouto, editor na Editora Brasil Energia, fala sobre como o caso de apagão no Amapá pode afetar o andamento do projeto de privatização da Eletrobras. Segundo o autor, “é possível dizer que se a privatização da Eletrobras tivesse que ser votada, a chance de passar é baixa, quase nula, próxima de zero”. Ele conclui que “ao defender o repasse da concessão, o senador Davi Alcolumbre cria um ambiente turbulento no segmento, que está a um mês de um leilão para negociar quase 2 mil quilômetros de linhas de transmissão, e dá a deixa para embarreirar qualquer pretexto de privatização”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 12.11.2020)

4.7 Artigo RGS Partners sobre investimentos em projetos de energias renováveis

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Guilherme Stuart, sócio da RGS Partners, fala sobre as perspectivas para os investimentos em energias renováveis. Segundo o autor, “hoje, as oportunidades de investimentos mais atraentes no país encontram-se em projetos de energia eólica e solar”. Ele conclui que, “é muito benéfico para a sociedade quando o mercado financeiro propicia a estruturação de projetos que geram desenvolvimento econômico com base em uma agenda ambiental positiva”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 12.11.2020)

Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Pesquisadores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Rubens Rosental.
Assistentes de pesquisa: Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IECC não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa vinculada ao GESEL do Instituto de Economia da UFRJ.

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